REUNIÃO
ENTRE PARTIDOS COM ASSENTO PARLAMENTAR TERMINA SEM CONSENSO EM BISSAU
Uma reunião convocada pelo presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano
Cassama com os líderes de partidos políticos com assento parlamentar terminou
esta terça-feira, 23 de abril de 2019, sem consenso.
O encontro
que decorreu no hemiciclo guineense, tinha como objetivo
encontrar solução para a composição da mesa que irá dirigir o Parlamento do
país, durante 4 anos.
O impasse está a volta do nome proposto pelo Movimento para a Alternância
Democrática (MADEM-G15), para o lugar do segundo vice-presidente do parlamento
e o lugar do primeiro secretário do mesmo órgão.
Em declaração à imprensa após várias horas de concertação, o segundo
vice-presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da
Guiné-Bissau (APU/PDGB), Armando Mango, revelou que as partes vão continuar a
dialogar em busca de consenso.
“A reunião não se concluiu, ainda vai continuar para que haja um diálogo
neste sentido para ultrapassar essa dificuldade”, referiu Mango.
Mango, que é jurista de profissão, referiu que o APU/PDGB está aberto para
dialogar em busca de consenso com base na regra estabelecida ou negociada.
Sola N´Quilin Na Bitchita, dirigente do Partido da Renovação Social (PRS),
fez lembrar aos jornalistas que o regimento do parlamento guineense diz que os
lugares na mesa são atribuídos de forma representativa.
Aos jornalistas, N´Quilin Na Bitchita disse que não resta dúvidas de que o
lugar do primeiro secretário da mesa do parlamento é do PRS.
Na cerimónia que reconduziu Cipriano Cassama como líder do hemiciclo, o
impasse deu-se quando a candidatura de Braima Camara foi chumbado pelos parlamentares,
como segundo vice-presidente do parlamento.
A saída do encontro, o líder do MADEM-G15, Braima Camara, reafirmou a
posição do movimento em manter o seu nome para ocupar o posto, em observância
do dispositivo legal que diz que caberá ao segundo maior votado a indicação do
segundo vice-presidente do parlamento.
O líder do Partido Africano da Independência da Guine e Cabo-verde (PAIGC),
Domingos Simões Pereira disse que o partido está determinado a respeitar as
regras do jogo, ou seja, o regimento do parlamento, que determina a lógica da
representatividade que indica a composição da mesa.
Simões Pereira considera que não é possível subverter as regras regimentais
estabelecidas pelo fato de o MADEM achar que o coordenador é que deve ocupar o
lugar do segundo vice-presidente do parlamento.
De recordar que o PAIGC, foi vencedor das legislativas conquistando 47 dos
102 mandatos no parlamento, propôs a eleição de Cipriano Cassamá, o que foi
aprovado, e ainda apresentou Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido –
Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU/PDGB), que também foi eleito ao cargo
de primeiro vice-presidente do órgão legislativo.
Conforme a radio Jovem, o líder do hemiciclo guineense, Cassama agendou para
amanhã, quarta-feira uma sessão para a composição da mesa que irá dirigir
aquele órgão.
Notabanca; 23.04.2019
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