A vergonha continua a ensombrar e descredibilizar os titulares dos órgãos da soberania da Guiné-Bissau.
Desta feita, Presidente da Republica, José Mário Vaz foi hoje mais uma vez, impotente para mediar as negociações entre o Governo e os sindicatos do sector do ensino guineense.
Tudo porque, os líderes
sindicais recusaram categoricamente de assinar na segunda-feira, no Palácio da
República, o novo pacote de entendimento para o levantamento da greve.
Furiosos, Laureano
Pereira da Costa do SINDEPROF e Bunghoma Duarte Sanhá do SINAPROF, refutaram de
rubricar o documento, sob olhar “espantoso” do Presidente da Republica, José
Mário Vaz.
O Primeiro-ministro e o
ministro da Educação assinaram o memorando, na presença do colectivo “Carta-21”
e outras organizações juvenis do país.
O líder da Rede
Nacional de Associações Juvenis da Guiné-Bissau (RENAJ), Gueri Gomes Lopes,
afirmou aos jornalistas que a "situação é lamentável" e que
"todos saíram desiludidos".
"O que podemos garantir é que esta situação tem de ser resolvida ou o
país fica paralisado e alguém tem de ser responsabilizado por isto",
salientou.
Camilo Simões Pereira,
ministro da Educação afirmou que os líderes sindicais continuam inflexíveis:
"Pura e simplesmente recusaram. Tínhamos chegado a um entendimento. O
Presidente da República convidou-nos para uma reunião na presidência e nesse
dia disseram-nos que os presidentes dos sindicatos não estavam e os delegados
não podiam assinar e ficou combinado que vinham cá ter hoje para assinar o
memorando", afirmou o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira.
Questionado pelos jornalistas sobre o que aconteceu, o ministro da Educação
disse apenas que "há falta de vontade por parte dos sindicatos".
Os sindicatos saíram do encontro sem prestar declarações aos jornalistas.
Enquanto isto, o coletivo
de professores para busca de uma solução e salvação, está decidido em repor a
boa imagem da classe.
O vice-presidente do
colectivo, Mamadú Uolu Indjai disse que os professores aliciados não têm
condições morais para dirigir os sindicatos.
Ainda, o docente
acrescentou que os três dirigentes violaram flagrantemente os estatutos,
sobretudo os do SINAPROF.
Notabanca soube que, após
o encontro com a imprensa, mais de três centenas de professores criaram na
mesma escola, uma comissão “Hadoc” para destituição dos líderes sindicais.
Notabanca; 17.12.2018
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