Mais de 100 famílias vão receber, a partir de quarta-feira, 'kits' de gás butano no âmbito de um projeto da União Europeia e da Fundação Galp para fazer chegar aquele tipo de energia à cozinha de cerca de 130 mil guineenses.
Orçado em um milhão de euros, o projeto designado Fumu Kaba (acabou a
fumaça), é financiado em 90% pela União Europeia e em 10% pela Fundação Galp e
pretende incentivar os guineenses a deixarem de utilizar o carvão para cozinhar
os alimentos e, em substituição, passarem a utilizar o gás butano.
O projeto que terá a
duração de 24 meses, vai ser executado pela União da Cidades Capitais de Língua
Portuguesa (UCCLA), em parceria com a Câmara Municipal de Bissau.
A representante da fundação
Galp, Sandra Aparício, enalteceu a importância do projeto para a promoção da
cooperação e desenvolvimento sustentável, destacando que a sua empresa está
presente na Guiné-Bissau "há cerca de 50 anos".
Sandra Aparício falava na
segunda-feira durante a apresentação do projeto no Centro Cultural Português,
em Bissau.
Iniciado com as comunidades
da capital guineense, o objetivo será, após uma avaliação do seu impacto, levar
o projeto às restantes localidades guineenses, frisou.
O desafio é ajudar os
guineenses a enfrentarem a transição energética, visando a produção de
alimentos com uma energia limpa, declarou a representante da fundação Galp.
No âmbito do projeto, serão
distribuídas 25 mil botijas de gás butano a cerca de 25 mil agregados
familiares de Bissau, o equivalente a cerca de 50% das famílias a residir na
capital guineense.
Os dinamizadores do projeto
acreditam que a sua implementação levará a uma redução de 530 mil toneladas de
emissões de dióxido do carbo
Também esperam que com a
introdução do gás butano na cozinha, as mulheres passem a ter mais tempo para
outras atividades e a trabalhar com uma tecnologia segura, o que trará impacto
positivo na sua saúde.
Notabanca; 13.12.2018
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