Partido da Renovação Social (PRS), segunda força mais votada nas últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, aguarda pelas conclusões de uma auditoria ao recenseamento eleitoral para assumir se as eleições de 10 de março serão transparentes ou não.
A posição foi hoje transmitida pelo porta-voz do partido, Victor Pereira, à margem de uma reunião da comissão política do PRS que decorre em Bissau.
Entre outros assuntos, o encontro, que decorre numa unidade hoteleira, sob a presidência do líder do PRS, Alberto Nambeia, debate-se a estratégia do partido para as próximas eleições, a apresentação das listas de candidatos a deputados e ainda o processo do recenseamento eleitoral.
Para o PRS, o recenseamento "ainda não está consolidado", apesar de o Governo ter assumido publicamente o fecho do processo com a inscrição de mais de 90% de potenciais eleitores.
De acordo com o porta-voz do PRS, a fiabilidade ou não do recenseamento só será conhecida após uma auditoria cujos trabalhos, disse, deverão começar no dia 05 de janeiro.
"Esperamos que se esclareçam uma lista enorme de suspeições a volta do processo. Não é nada agradável ir às eleições com suspeições", observou Victor Pereira.
Quanto à exigência feita pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), para que os partidos apresentem, até 10 de janeiro, as suas listas de candidatos a deputado, munidos de certidão de quitação de obrigações fiscais, o porta-voz do PRS disse que o seu partido tem dúvidas quanto à natureza política desta medida.
Victor Pereira indicou que o PRS considera que aquele requisito "foi introduzido com alguma estranheza", mas que iria interpelar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), até porque, observou, todos os trabalhadores descontam para o imposto profissional.
Pereira deixou claro que o PRS "está e esteve sempre preparado" para as eleições, mas quer antes ver esclarecidas todas as questões sobre as quais ainda tem dúvidas, disse.
Notabanca; 31.12.2018
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