segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

PAIGC PEDE DEMISSÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA E DO COMISSÁRIO DA POP 
O Partido Africado da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) exige a demissão do Procurador-Geral da República e do Comissário da Policia de Ordem Publica por estes, alegadamente, terem desrespeitado a Lei Eleitoral da Guiné-Bissau.
De acordo com o comunicado desta formação política à que a ANG teve acesso,  o despacho do Ministério Público que manda suspender todos os trabalhos do recenseamento eleitoral em curso, mostra a total predisposição daquela instituição em alinhar com os objectivos e estratégias do Presidente da República e dos seus parceiros, visando travar, à todo o custo, o processo de recenseamento, como forma de impedir a vitória do PAIGC nas próximas eleições legislativas.
“O medo da dissimulada vergonha vir ao público levou Bacari Biai e seus aliados a impedirem a entrada dos próprios técnicos nigerianos convidados pelo Chefe de Estado para realizarem os seus trabalhos, porque sabiam que no final seriam desmascarados “,refere o comunicado.


O documento refere que a  Lei do Recenseamento Eleitoral diz que todo aquele que, deliberadamente, impedir ou dificultar a operação de recenseamento é punido com pena de seis meses à três anos de prisão ou pena de multa, salientando que a delicadeza do actual momento exige responsabilização política e criminal, razão pela qual o Procurador-geral da República e o Comissário-Geral da Policia da Ordem Pública devem ser imediatamente demitidos.

“O PAIGC exorta à comunidade nacional e internacional e muito em particular à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e as organizações internacionais no país agrupados no grupo denominado dos P-5 a continuarem a seguir, de forma tenta, o desenrolar destes caos urdidos sob batuta do Presidente da República e dos seus aliados políticos”, lê-se no comunicado.

O PAIGC sustenta  que tendo em conta que já foram recenseados mais de 90 por cento dos potenciais eleitores deve ser declarado o fim do processo para que o Chefe de Estado assuma as suas responsabilidades de marcar a data para as eleições. 
Notabanca; 10.12.2018

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