O presidente do parlamento guineense pediu hoje um "completo esclarecimento" sobre o incidente entre a polícia do país e peritos eleitorais da Nigéria, que foram impedidos de prestar apoio no âmbito do recenseamento eleitoral, entretanto suspenso por ordens judiciais.
Para Cipriano Cassamá, a Nigéria tem ajudado a Guiné-Bissau a organizar eleições legislativas livres, justas, transparentes e credíveis, pelo que não são razoáveis as críticas que têm recebido por parte de vários setores políticos guineenses.
Três peritos informáticos nigerianos foram expulsos, pela polícia, na
quinta-feira, do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) em
Bissau, por ordens do Ministério Público que está a investigar alegadas
suspeitas de fraude eleitoral.
No seu discurso hoje no ato solene do Dia Internacional dos Direitos
Humanos, o presidente do parlamento guineense lamentou o incidente com os
técnicos nigerianos e disse aguardar por "um completo esclarecimento"
do que se passou.
O responsável considerou que o incidente "não dignifica o Estado"
nem contribui para o fortalecimento das relações com a Nigéria.
A Guiné-Bissau "tem beneficiado muito dos esforços desse país em
diversos domínios", sobretudo no atual processo eleitoral, assinalou
Cipriano Cassamá.
O líder do parlamento guineense, questionou se ao invés das suspeitas, não
seria melhor deixar que os técnicos nigerianos atuem, tendo em vista o
esclarecimento das dúvidas.
Para Cassamá, a Guiné-Bissau "tem que saber preservar as suas relações
de amizade e de cooperação com os seus parceiros", particularmente com
aqueles que sempre se prontificaram a ajudar o país, sem reclamar qualquer
contrapartida, sublinhou.
Notababca; 10.12.2018
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