O Presidente em exercício do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof),apelou hoje à classe docente para se manterem firmes na luta pela aplicação dos acordos assinados com o Governo, principalmente no que tem a ver com aplicação do Estatuto da Carreira Docente.
Domingos de Carvalho que falava hoje em conferência de imprensa, disse que as últimas declarações do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e do Chefe de Governo que também pertence ao mesmo partido ,segundo as quais a paralisação na área da educação é uma greve política, não os incomoda.
Disse que,
se cobrar dívidas é política, então vão continuar a
cobrar sem preocupação.
“Com isso,
queremos exortar as pessoas a não desesperarem e vamos apelar aos professores
que são conscientes dos seus direitos e estamos a lutar para que o Estatuto da
Carreira Docente seja aplicado, com respectivas regalias como foi aprovado pela
Assembleia Nacional Popular. Somados não igualam à subsídios de milhões que os
governantes recebem, mas vai dar para comprar, pelo menos, um saco de arroz”,
disse.
O
sindicalista frisou que são todos guineenses e as que as riquezas do país devem
ser repartidas para cada cidadão obter a sua parte, de acordo com as funções
que desempenha, salientando que não estão nesta frente para brincadeiras.
Referindo-se
às viaturas doadas pelo Presidente da República aos líderes sindicais da área
educativa e badalados nos últimos dias na praça pública, disse que é uma
tentativa de denegrir a imagem destas instituições e desacreditar os
sindicatos, levando aos professores a não aderirem à greve, tendo afirmado que
para comprar a sua consciência ou da direcção do Sinaprof e Sindeprof é muito
difícil.
“Os professores das escolas de auto gestão
estão a ser explorados porque todas as regalias ganhas nestas escolas, não
podem ser comparadas ao que hão-de ganhar se a nossa luta for vencida”, disse.
Aquele
responsável sindical confirmou as retalhações de alguns associados pelos
diferentes directores das escolas sobretudo nas regiões, e afirmou que os
professores em greve e representantes dos sindicatos estão a ser vítimas da
retirada de horários ou transferências ilegais.
O Presidente
do Sinaprof afirmou que, apesar de estarem abertos para o diálogo, a greve
ainda está de pé e que se iniciarem as
aulas será para valer sem nenhuma
interrupção até o final do ano lectivo.
“Até as
coisas ficarem claras não haverá as aulas, e não temos medo de intimidações”,
disse.
Domingos de
Carvalho disse ter informado ao Ministro
da Educação que a greve não será
levantada enquanto o salário de último professor não chegar as suas mãos,
acrescentando que, se isso aconteçer, cada docente toma providências para continuar o seu trabalho.
O Presidente
de Sinaprof disse que as condições para se levantar a greve passam pela
contraproposta ou seja aplicação dos Estatutos da Carreira Docente ainda este
ano, para que os professores comecem a
beneficiar das suas regalias, pagamento das dívidas aos professores contratados
e novos ingressos, dependendo da modalidade a usar para o efeito, efectivação,
e harmonização de letras entre
professores da mesma categoria.
Notabanca;
07.12.2018
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