O governo, através do Ministério da Economia e Finanças e Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) lançaram esta sexta-feira em Bissau, o sexto Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS-6), cujo tema é “Monitorando a situação de mulheres e crianças”.
A cerimónia do lançamento do MICS-6, foi presidida pelo Secretário do Estado do Plano e Integração Regional que na ocasião, disse que o facto de o país estar inscrito no programa de cooperação, testemunha a firme determinação de ambas as partes sobretudo do governo, de trabalhar cada vez mais, com vista a melhorar a situação de sobrevivência das crianças e mulheres.
“A partir de 1996 esse programa passou
a inscrever-se periodicamente no programa de cooperação entre o governo e
UNICEF, como importante fonte de dados estatísticos oficiais que serviram não
só para análise e tomada de decisão política sobre a situação das mulheres e
crianças, como também para a planificação, desenvolvimento nacional,
seguimento, avaliação dos problemas e planos de desenvolvimento e os seus
impactos”, informou Humuliano Alves Cardoso.
O governante agradeceu a equipa do
MICS-6 e parceiros do desenvolvimento pelos apoios dados, afirmando que sem os
quais seria impossível a realização desse inquérito, acrescentando que o
governo espera, com muito interesse e entusiasmo, o resultado do inquérito.
A Representante do Fundo das Unidas
para Infância (UNICEF), Ainhoa Jaureguibeitia, afirmou que trabalhar nesse
sentido significa usar a riqueza de dados gerados através do MICS para
identificar os grupos e subgrupos mais vulneráveis da população e, para assim
focalizar intervenções que promovam a equidade, com base em evidências sólidas,
e acompanhar o progresso feito na redução e eliminação das disparidades.
Disse que o momento atual,
caracterizado por um contexto de grandes desafios, apresenta um conjunto de
dificuldades acentuadas pela crise financeira, de doadores, falta de parceiros,
mas também por isso representam uma janela de oportunidade para fazer um
balanço do passado e projetar o futuro, recuperando os sonhos que motivaram a
independência da Guiné-Bissau.
Ainhoa realçou que o MICS é um bem
público global que, para além dos governos, serve as necessidades, em dados
estatísticos fiáveis e atualizados da grande maioria de parceiros de
desenvolvimento, incluindo agências das Nações Unidas e outros doadores.
Realçou que desde os meados dos anos
noventa, o MICS permitiu à muitos países produzir dados fiáveis e
estatisticamente comparáveis a nível internacional, a partir de uma gama de
indicadores nas áreas de saúde, educação, proteção da criança, água, higiene,
nutrição, acesso aos média, VIH/SIDA, entre outros.
Disse ainda que o MICS têm sido
amplamente utilizado como indicadores de base para a tomada de decisão sobre
políticas públicas e intervenções programáticas, com finalidade de influenciar
a opinião pública sobre a situação das crianças e mulheres em muitos países em todo
o mundo, bem como para monitorar o progresso dos países em relação, tanto a
metas nacionais, como aos compromissos globais.
Durante os inquéritos serão
inqueridos 7.500 agregados familiares, 375 distritos, 10.800 mulheres,7.200
crianças de 5 à17 anos e 2.200 homens de 15 à 49 anos. A campanha terá a
duração de 4 meses e conta com o apoio do UNICEF, EU, UNFPA, PAM, PNUD, entre
outros.
Notabanca; 26.11.2018
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