Notabanca

MARCHA DOS PROFESSORES TERMINA COM ESPANCAMENTOS E DETENÇÕES EM BISSAU 
A marcha pacífica dos professores, alunos, apoiado pelo Movimentos dos inconformados que decorria hoje em Bissau, terminou com espancamentos e detenções.

No pleno exercício do direito cívico e constitucional de se manifestar e exigir o “Direito a Escolar”, por registar enorme atraso no início das aulas nas escolas públicas da Guiné-Bissau, a polícia carregou contra alguns manifestantes provocando lesões e onda de pânico.

Notabanca soube que várias pessoas foram detidas outras perseguidas pela polícia. Perante olhares dos oficiais  
de UNIOGBIS, uma agência das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau.

Conforme as informações, ainda alguns jovens estão foragidos por temerem espancamentos e detenções por parte de alguns agentes da força de segurança.

Há feridos. Alguns deles se encontram nos hospitais para tratamento.

Enquanto isto, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia:
"As autoridades policiais proibiram hoje a manifestação pacífica convocada pelas associações representativas dos estudantes para exigir o fim da greve no sector de ensino e consequente retoma das aulas.
É totalmente inaceitável e desproporcional, a utilização de gaz lacrimogêneo para dispersar uma manifestação pacífica que visa reclamar o direito à ensino.
É uma afronta aos direitos humanos proibir as manifestações pacíficas que visam reclamar o acesso aos serviços sociais básicos, numa altura em que a greve no sector da educação dura quase 40 dias.
Quando as manifestações visam acomodar os interesses políticos são permitidas, mas se visarem reivindicar a satisfação dos direitos fundamentais dos cidadãos são proibidas ou reprimidas. Este comportamento discriminatório tem de acabar já.
É preciso que o governo entenda que o exercício da liberdade de manifestação não depende do seu livre #arbítrio, muito menos das conveniências políticas de quem quer que seja.
Vamos juntos dizer ao governo que a liberdade de #manifestação não é #dele é #nossa!"

Notabanca; 08.11.2018