Os deputados aprovaram quinta-feira a Lei de Paridade com 76 votos a favor, 0 contra e três abstenções.
Após a
aprovação, a porta-voz das mulheres da Sociedade Civil, Nelvina Barreto disse
que a Lei de Paridade foi aprovada com lacunas e que isso desagrada as
mulheres.
“Eles
recusaram implementar o artigo 4 que refere a igualdade na ocupação dos cargos
políticos entre os homens e mulheres ou seja que quando um homem é nomeado num
cargo igualmente deve ser posta uma mulher noutro cargo”, explicou Barreto.
Sublinhou
que apesar de da lei for aprovada a luta vai continuar uma vez que as mulheres
querem que os seus direitos sejam valorizados.
Questionada
sobre o que falhou Nelvina respondeu que o que está por detrás do acontecido é
apenas os interesses partidários.
Por sua vez,
a deputada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC),
Suzi Barbosa disse que aprovação da lei de Paridade não é um favor, mas sim um
direito que as mulheres têm.
“É urgente
que as mulheres guineenses em geral deixem de aplaudir os partidos políticos,
porque estes não são capazes de resolver as nossas situações. Temos que
empenhar na luta pela igualdade do género para que possamos contribuir ao lado
dos homens no processo de desenvolvimento da nossa sociedade”, reiterou
Barbosa.
Defendeu que
a Lei de Paridade devia ser aprovada na
sua plenitude e não com a exclusão do artigo quarto.
A Lei
de Paridade determina que as mulheres
devem representar 36 por cento em estruturas de decisões políticas. A proposta
inicial previa 40 por cento.
Notabanc; 23.11.2018
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