O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau (SNCGP-GB), iniciou hoje uma paralisação de cinco dias, reivindicando o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado com o Governo.
Em entrevista exclusiva à ANG, o Presidente do SNCGP-GB disse que o motivo da paralisação tem a ver com o não engajamento do Executivo para resolver os problemas dos guardas prisionais, nomeadamente o pagamento dos retroativos dos agentes.
Iazalde José da Silva disse que no memorando o Governo prometeu pagar os guardas prisionais na sua categoria, facto que não acontece há nove meses, desde assinatura do acordo entre as partes.
“As nossas
reclamações não surtiram efeitos desejados Por isso, avançamos com um pré-aviso de greve que entregamos ao
Ministério da Justiça e a Função Publica”,disse salientando que o actual
ministro da justiça demonstrou uma certa vontade de satisfazer essa
reivindicação mas que as dificuldades para o efeito estão no
Ministério das Finanças.
O Presidente
do SNCGP-GB disse que o Ministro das Finanças, na altura, Aladje João Mamadú
Fadia havia confirmado a entrada dos
documentos sobre o caso nas finanças. Acrescenta que lhes foram dito que tudo
estaria a ser bem encaminhado.
“Mas até
então nada se conformou. Por isso recorremos à uma greve”, disse Iazalde.
O
sindicalista disse que com o governo actual, fizeram diligências inclusive
marcaram uma audiência com o Primeiro-ministro na qualidade de Ministro das
Finanças, os Secretários de Estado de Tesouro e Orçamento, masque nenhum destes órgãos se dignou em, pelo
menos, tentar ouvir a parte dos guardas prisionais.
“E no
passado dia 10 do mês em curso quando entregamos o pré-aviso de greve ao
Ministro da Justiça, Iaia Djaló, ele nos
enviou uma outra missiva ou um despacho do Conselho de Ministros, onde consta
que o Governo não vai pagar nenhum atrasado, retroactivo, diferença salarial e
subsídios ou outras remunerações relacionados ao 2018”,disse.
José da
Silva disse que o sindicato está disponível
para dialogar com o patronato assim que forem convocados.
A
paralisação que iniciou hoje vai terminar na sexta-feira com possibilidade de
vir a ser prolongada, caso até o ultimo
dia não surtir nenhum efeito favorável.
Notabanca;
15.10.2018
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