O Primeiro-ministro disse esta sexta-feira que a implementação das reformas administrativas na Função Pública, no sector da defesa e segurança dependem das forças sociais.
Aristides Gomes que falava numa conferência organizada pelo ministério da Economia e Finanças em parceria com o Fundo Monetário Internacional sob o tema “ Governação, Capacitação e Desenvolvimento”, disse que as sucessivas instabilidades e crises políticas também estão a dificultar as referidas reformas.
“ Deve-se criar a base para uma estabilidade para que o país tenha acesso aos recursos e executar os programas financiados pelo Fundo Monetário Internacional e gerir as receitas internas”, salientou.
Referiu que as estatísticas mostram que o país
situa-se entre os piores na sub-região no que toca com o desenvolvimento nas
áreas da educação e saúde, questionando porque razão o sector da defesa e
segurança consome mais receitas que os outros.
Afirmou que
a administração pública neste momento consome 90 por cento das receitas
fiscais, superior aos outros países da sub-região.
Criticou
que o Estado guineense está deformado estruturalmente e que precisa de
ser reconstruída.
O governante
defendeu a construção de um Estado capaz
de estar em condições estruturais que não levará o país ao consumo exagerado, e que não tem nada
a ver com as receitas que arrecada.
Em relação
ao nepotismo tão propalado , Aristides Gomes asseverou que as empresa estatais
são prisioneiras dos partidos políticos
e que basta nomear um individuo para desempenhar um cargo público, a
partir daí, a estruturação vem da sede
do partido.
Disse
que que a única forma de desencorajar
esta prática é a imposição de regras e realização de concursos públicos. “Se
não, o país está a criar condições de
conflitualidade entre os partidos”.
Afirmou
que as leis e os regulamentos não
contam, e que a autonomia das pessoas que lá estão depende da estruturação
partidária. “Esse é o maior problema que país possui”, afirmou.
Notabanca; 28.09.2018
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