Parlamento da Guiné-Bissau aprova lei para garantir representação política equilibrada entre homens e mulheres.
O parlamento da Guiné-Bissau aprovou hoje, 2 de agosto, por unanimidade uma
Lei para garantir uma quota mínima de 36% de representação das mulheres a ser
respeitada em eleições ou nomeações para a Assembleia Nacional Popular e
Governos Locais tendendo a alcançar a paridade.
A Lei foi aprovada por unanimidade pelos 81 deputados presentes. A ANP concluiu dois dias de discussão sob a liderança da Presidente da Comissão Especializada para Mulheres e Crianças, a deputada Martina Moniz.
A Lei foi aprovada por unanimidade pelos 81 deputados presentes. A ANP concluiu dois dias de discussão sob a liderança da Presidente da Comissão Especializada para Mulheres e Crianças, a deputada Martina Moniz.
A Lei de Quotas só entrará em vigor 60 dias depois promulgada pelo
Presidente da República da Guiné-Bissau. Antes de ser submetida ao Presidente,
ainda será revista pelas comissões especializadas do parlamento e revalidada
pela plenária em setembro. Devendo entrar em vigor antes das próximas eleições
legislativas, marcadas para 18 de novembro de 2018.
As Nações Unidas na Guiné-Bissau e parceiros já elaboraram um plano robusto
de capacitação e apoio às mulheres activistas e às potenciais candidatas às
próximas eleições.
A Guiné-Bissau faz agora parte do grupo de mais de 80 países que adoptaram
medidas correctivas e temporárias para fazer avançar a participação das
mulheres na politica e nas esferas de decisão do país.
Segundo relatórios das Nações Unidas, nos países onde existem leis de
quotas a média de representação das mulheres é de 25% enquanto que para os
países onde não existem, a média é de apenas 19%.
Conforme estipulado na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), as leis de quotas e outras medidas de
correção são temporárias e serão descontinuadas quando a participação igual de
mulheres e homens for alcançada e mantida.
Notabanca; 02.08.2018
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