O médico cardiologista guineense afirmou que o país não dispõe de mínimas condições para tratamento de doenças cardiovasculares, cujos casos estão a aumentar nos últimos tempos na Guiné-Bissau.
Mário Gomes, em declarações à Rádio Pindjiguiti, explicou que, não obstante o país possuir médicos competentes na matéria, mas em termos de equipamentos não têm nada para tratar doentes com esta patologia.
“O que nos ajuda é a experiência clínica e algumas reciclagens feitas através da internet. Por isso a maioria dos doentes são evacuados para Portugal porque o país tem apenas cerca de 30 por cento de possibilidades, que são poucas para remediar a doença“, explicou.
Gomes frisou
que com as constantes instabilidades na Guiné-Bissau vai ser difícil
ultrapassar esta triste realidade e que ninguém tem tempo para reciclar os
profissionais da área.
“Contudo,
não baixamos os braços porque temos feitos contactos e há pouco tempo fala-se
de aquisição de um espaço médico onde os técnicos passarão a trocar
experiências e conhecimentos no que toca ao tratamento da doença”, disse.
Mário Gomes
informou que se tudo correr bem e com a colaboração do Hospital Nacional Simão
Mendes, ainda este mês, essa iniciativa pode se tornar uma realidade, lembrando
que mesmo os medicamentos de dores de coração
são escassos no país, e que os que existem são muito caros.
O médico
cardiologista afirmou que é urgente e bem-vinda quem tiver um projecto de abrir
uma clinica de cardiologia de ponta na Guiné-Bissau, apesar de ser muito
custoso.
Declarou
ainda que esta doença preocupa os africanos em geral salientando que existe uma
organização na sub-região que luta contra ela, porque nota-se que as doenças
cardiovasculares estão a alcançar por exemplo o paludismo, a sida, cólera em
termos de numero e mortes e segundo
Mariote a doença constitui principal causa de morte dos dirigentes africanos.
Notabanca;
17.08.2018
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