A procuradora-geral do Brasil, Raquel Dodge, enviou na quarta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral do Brasil uma impugnação contra a candidatura presidencial de Lula da Silva, oficializada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), informaram fontes oficiais.
Numa petição enviada para o instrutor do caso, o juiz Luís Roberto Barroso, Dodge defende que Lula é "inelegível" porque foi condenado por um tribunal de segunda instância, de acordo com um comunicado publicado na página da internet do Ministério Público.
Ao início da noite de quarta-feira, representantes do PT registaram, pouco antes do final do prazo, o pedido de candidatura da coligação liderada por Lula da Silva, antigo chefe de Estado brasileiro que foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por ter recebido um apartamento do luxo na cidade costeira do Guarujá como suborno da construtora OAS para favorecer contratos da empresa com a petrolífera estatal Petrobras.
O antigo governante do Brasil
escreveu uma carta, divulgada também na quarta-feira, na qual afirma que lutará
até ao fim para manter a sua candidatura.
“Com o meu nome aprovado na convenção, a Lei
Eleitoral garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar ou for
arrancado pela Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não penso renunciar e
vou brigar pelo meu registo até ao final", escreveu.
O registo da candidatura de Lula
da Silva foi acompanhado por uma série de eventos, incluindo uma grande
marcha que reuniu cerca de 40 mil
pessoas em Brasília, segundo os organizadores.
De acordo com a polícia militar do Distrito
Federal, o número de participantes na marcha foi menor, cerca de 10 mil
pessoas.
Lula da Silva, de 72 anos, é o
favorito em todas as sondagens de intenção de voto para as presidenciais do
Brasil, agendadas para 07 de outubro, arrecadando cerca de um terço das
intenções de voto, o dobro de qualquer outro candidato.
Treze candidatos tinham
formalizado até às 19:00 de quarta-feira (24:00 em Bissau), dentro do prazo, o
processo junto do Tribunal Superior Eleitoral para concorrerem às eleições
presidenciais do Brasil.
A campanha eleitoral brasileira
começa hoje, quando os candidatos têm autorização para realizar comícios,
caravanas automóveis, distribuir material de campanha e de propaganda na
internet, desde que esta não seja paga.
Esta eleição é marcada por quatro
anos de instabilidade, causada por inúmeros escândalos de corrupção que
marcaram líderes da maioria dos partidos políticos e a destituição da última
Presidente eleita, Dilma Rousseff.
Notabanca; 17.08.2018
Lula presidente salvador do povo brasileiro o povo esta consigo Avante Homem do Povo
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