
O Presidente dos Estados Unidos e o seu homólogo norte-coreano assinaram esta terça-feira de manhã uma declaração conjunta. “Conseguimos o que nunca ninguém esperou”, afirmou Donald Trump.
Assim terminou a cimeira de Singapura entre Estados Unidos e Coreia do Norte. O teor da declaração conjunta assinada ainda não é totalmente conhecido, mas Donald Trump avança que o documento marca uma nova era na relação entre os dois países e anunciou que para breve o fim do programa nuclear norte-coreano.
“Vamos assinar um documento muito importante, muito abrangente. Tivemos um bom encontro, ótima relação. Sentimo-nos muito honrados por poder assinar este documento”, anunciou Donald Trump.

almada nas costas. Declaração prevê a desnuclearização
total da península coreana.
Depois da assinatura da declaração, Trump agradeceu a
Kim Jong-un e a toda a equipa de negociação. Kim Jong-un afirmou que “o passado
ficou para trás” e garantiu que o mundo vai assistir a uma grande mudança.
O Presidente norte-americano respondeu a dizer que
existe agora “uma ligação especial” entre os dois países e agradeceu “ao Kim”:
“Passámos muito tempo juntos, um tempo intenso. Conseguimos o que nunca ninguém
esperou”.
“Estamos muito orgulhosos com o que aconteceu aqui
hoje. A nossa relação vai ser muito diferente do que tem sido. As pessoas vão
ficar muito impressionadas, muito contentes”, afirmou, para depois confirmar as
palavras do seu homólogo.
“Penso que a nossa relação com a Coreia do Norte e
toda a península coreana vai ser muito diferente da do passado. Ambos queríamos
fazer alguma coisa e ambos fizemos. E criámos uma ligação especial”, disse.
Questionado sobre um eventual convite a Kim Jong-un
para visitar a Casa Branca, Trump respondeu: “Absolutamente que sim!”.
Os dois líderes apertaram as mãos e Trump deu uma
palmada nas costas a Kim Jong-un – um gesto que se voltou a repetir mais tarde
também da parte do líder norte-coreano.
Antes, Trump falou aos jornalistas, aos quais se
mostrou se muito satisfeito com a conversa com o seu homólogo norte-coreano.

Trump indicou depois que os dois líderes iriam assinar
um acordo: “Vamos agora assinar”.
A cimeira histórica Trump/Kim Jong-Un começou com um
aperto de mão entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do
Norte. Seguiu-se um encontro a dois, só com tradutores, e depois uma reunião
aberta às respetivas equipas de negociadores. Pelo meio, uma pausa para almoço.
Em cima da mesa nesta cimeira está um mecanismo de paz
permanente e a retirada de armas nucleares da península coreana.
Mas, afinal, o que diz a declaração conjunta?
O documento assinado esta terça-feira pelos
Presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte prevê a desnuclearização
total da península coreana e uma nova era nas relações entre os dois países.
É o que revelam as fotografias existentes do
documento, tiradas na altura em que Donald Trump o mostra aos jornalistas,
depois das assinaturas.
Em contrapartida, o Presidente norte-americano
compromete-se a “providenciar garantias de segurança” à Coreia do Norte.

Ao nível político, Washington e Pyongyang definem o
objetivo de encetar relações diplomáticas "de acordo com o desejo de paz e
prosperidade dos povos dos dois países" e de "unir esforços para
construir um regime duradouro, estável e pacífico" naquela península.
Os dois líderes ter-se-ão comprometido ainda a
recuperar os prisioneiros de guerra ou militares desaparecidos em combate, bem
como a "imediata repatriação" dos que já foram identificados.
No final da cerimónia da assinatura, Donald Trump
anunciou uma conferência de imprensa ainda para hoje. Espera-se que possa então
dar mais detalhes sobre o documento assinado.
A completa desnuclearização da península coreana já tinha sido prometida na declaração de Panmunjom, a 27 de
abril de 2018.
Notabanca; 12.06.2018
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