O chefe de Estado guineense fez hoje uma comunicação à Nação, por ocasião da passagem do ano.
Na mensagem, José Mário Vaz defende que “só juntos e unidos podemos engrandecer a nossa pátria amada. O nosso país vive numa paz civil autêntica.”
Ler o discurso:
REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
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Presidência da República
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Mensagem à Nação de Sua Excelência Dr. José Mário Vaz Presidente da República Por ocasião do Novo Ano 31 Dezembro de 2017
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Mensagem à Nação de Sua Excelência Dr. José Mário Vaz Presidente da República Por ocasião do Novo Ano 31 Dezembro de 2017
Caros Guineenses,
Termina mais um ano, mais um ano na
vida de cada guineense e mais um ano como Presidente da República, cargo esse
que me foi confiado pelo nosso povo.
Aproveito esta oportunidade
para apresentar os meus mais calorosos cumprimentos de Novo Ano – aos cidadãos
guineenses, residentes no país ou no estrangeiro e aos cidadãos estrangeiros
que escolheram o nosso país para viver e trabalhar.
Igualmente aproveito esta
ocasião para aqui deixar uma palavra de apreço e de solidariedade às mulheres e
homens que integram a força da ECOMIB que, longe das suas famílias, num país
que não é o seu, numa missão de paz, passam connosco mais uma quadra festiva.
Desejo a todos, um Feliz Ano
de 2018, fazendo votos que seja um Ano de paz, harmonia, tolerância e de
reconciliação.
Caros Compatriotas,
O ano de 2017, foi mais um ano
de aprendizagem, com alguns avanços e recuos, mas não podemos perder o que de
bom conseguimos realizar ao longo deste ano e corrigir o que falhou. Devemos
avaliar as estratégias menos bem-sucedidas, para naturalmente, aprendermos com
os nossos próprios erros.
É verdade que ainda ao longo deste
ano de 2017, não conseguimos alcançar todas as metas traçadas com as quais
sonhamos e cujo objectivo é melhorar a vida dos nossos irmãos guineenses.
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Mulheres e Homens Guineenses,
Mulheres e Homens Guineenses,
Não podemos perder a esperança.
Sei que a vida dos guineenses não é a vida que desejamos enquanto irmãos, e
enquanto dirigentes que o povo elegeu. Mas eu Acredito no Amanhã.
Vamos iniciar um ANO NOVO, e
com ele temos que renovar as nossas esperanças e ter a coragem para iniciar uma
nova etapa.
Eu, na qualidade de Presidente
de República, convido cada guineense a fazer uma reflexão sobre os
acontecimentos que marcaram, a nossa vida no ano 2017 e a fazerem uma análise
sobre atual situação política do país. Olhemos não para as palavras, mas para
os actos concretos de cada actor político e retiremos conclusões
objectivas e com ponderação.
Em relação à crise
político-institucional, não podemos isentar ninguém das responsabilidades que
lhes cabem enquanto cidadão, ou seja, cada um de nós tem a sua quota parte da
responsabilidade, seja ela directa ou indirectamente, seja por acção, seja por
omissão do dever de participação cívica.
Ao longo deste ano o ambiente nos
debates entre políticos foi mais inflamado do que mandam as regras da sã
convivência e da boa educação, e consequentemente afectou toda a sociedade em
geral, criando mal-estar nas nossas casas, entre irmãos, amigos,
vizinhos.
O atual momento político de
crispação que vivemos, é inegavelmente uma experiência negativa na nossa
democracia, mas podemos igualmente considerála como uma oportunidade para os
guineenses encontrarem novos caminhos e abordagens para a concretização da tão
almejada reconciliação nacional.
Mas, será que conseguimos dar
passos em frente no caminho pretendido?
Apesar das desavenças, eu,
acredito que nós demos passos significativos, mas não o suficiente, porque
estou convicto de que podemos fazer ainda mais e melhor. O guineense quando
quer, faz!
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O ano de 2017 foi marcado por: - Os
Djurtus fez-nos viver um dos melhores momentos no Desporto, vimos a nossa
bandeira a ser levantada e dignamente representada no CAN pelos nossos
jogadores que no peito transportavam a esperança de um povo, nesse momento
todos os guineenses uniram-se e juntos torcemos pela vitoria da nossa seleção
nacional. Obrigado Djurtos por nos terem feito sonhar e continuamos a acreditar
nas vossas capacidades, apesar de o resultado não ter sido o desejado.
- 2017 foi o melhor ano para a
campanha da castanha de Cajú, o preço da castanha no produtor atingiu
1.000XOF/Kg
- Registamos um crescimento da
nossa economia;
- Recuperamos a confiança de
alguns parceiros internacionais;
- Colocamo-nos a prova e
através da boa gestão das nossas finanças públicas, conseguimos com os nossos
recursos internos cumprir os nossos compromissos, como o pagamento ininterrupto
de salários,
regularização dos atrasados com
algumas organizações nacionais e internacionais, fizemos investimentos
dentro do previsto no programa de investimento público (PIP), entre outros
marcos de sucesso;
- Apostamos fortemente na agricultura
e apoiamos os nossos agricultores no aumento da produção do arroz para consumo
interno e demos inicio à exportação de alguns produtos agrícolas nacionais,
nomeadamente a batata-doce.
- Apoiamos as nossas mulheres
nas ilhas que há muito enfrentavam dificuldades na conservação do seu pescado,
e hoje esta em curso a instalação da uma fábrica de gelo;
De gota a gota, vamos encher o
nosso oceano de esperança, o futuro não se constrói em três anos e meio, com
discursos bonitos, mas sim com trabalho, com muito trabalho, com
"Mon-na-Lama" e apoiado com o dinheiro do Estado no cofre do Estado.
Defendi sempre a erradicação
da fome, mais e melhor educação para todos, maior coesão, menos desigualdade e
reforço da nossa unidade afim de manter o clima de estabilidade que
conquistamos ao longo destes três anos e meio.
Tenho dito em diversas
ocasiões, temos todas as ferramentas para fazer avançar o país.
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O nosso país vive uma paz civil
autêntica – durante os três anos e meio do meu mandato – graças às nossas
forças de defesa e segurança, não houve um único tiro nos quarteis.
Não há crianças órfãs porque o
pai morreu por questões políticas.
Não há mulheres viúvas porque o
marido morreu por questões políticas.
Na Guiné acabaram as mortes
politicas.
Ninguém foi morto ou espancado
por razões políticas.
Não foram registados casos de
prisões arbitrárias.
Há liberdade de expressão, de
imprensa e de manifestação.
Na Guiné-Bissau hoje, não se
colocam questões de violações de direitos humanos.
Meus irmãos, o tempo do ódio
acabou, mesmo que deixe de ser Presidente da República hoje, eu sei que o meu
país mudou.
Caros Compatriotas e amigos da
Guiné-Bissau,
Apesar de tudo, estes três
anos e meio ajudaram o nosso povo a conhecer melhor todos os políticos da nossa
praça, sobretudo poderão avaliar aqueles que poderão fazer algo para o nosso
país quer hoje quer no futuro.
Durante o ano de 2017,
percorremos muitos quilómetros da nossa Guiné profunda para visitarmos o nosso
país de norte, sul e ilhas, e conhecer os reais problemas do nosso país e do
nosso povo, sobretudo como vivem os nossos irmãos que partilhamos a mesma
identidade, o mesmo território, mas vivemos em condições diferente.
Foi uma experiência única,
poder visitar as nossas regiões, as nossas cidades, as nossas tabancas, as
nossas ilhas, foi gratificante pela forma calorosa como nos receberam por todos
os lugares por onde passamos.
Mas também, foi com profunda
tristeza e preocupação o que vimos no terreno, a falta de condições mínimas da
nossa população em várias
zonas visitadas.
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No interior do país falta quase tudo
para não dizer tudo. O nível péssimo de cuidados primários, a educação, o
saneamento básico, os acessos e as condições difíceis para a produção de
alimentos de que o nosso povo necessita são as preocupações reais e constantes
do Presidente da República.
Manter o país com esse nível
de assimetria pode contribuir na descredibilização da política e dos políticos
na medida em que, somos eleitos pelo mesmo povo e devemos estar ao serviço de
todos os Guineenses.
Ainda durante as visitas ao
interior, mais concretamente aquando da visita às bolanhas identificamos
famílias que perderam quase tudo, devido às catástrofes naturais, e muitas
famílias ficaram sem meios de sobrevivência. Estas famílias que já eram em si
vulneráveis e com as mudanças climáticas ficaram pior e a sua sobrevivência
requer o apoio e o acompanhamento do Estado.
Através dos apoios de
parceiros como a República Popular da China conseguimos apoiar inúmeras
famílias distribuindo arroz para o consumo e desta forma minimizar o sofrimento
das mesmas.
Caros Compatriotas,
Não podemos esquecer de que só
juntos e unidos podemos engradecer a nossa pátria amada. Ninguém pode ter a pretensão
de pensar que é único, capaz de trabalhar ou ocupar um determinado lugar. Somos
todos guineenses, temos muitos guineenses capazes e reconhecidos por esse mundo
fora, com vontade de dar o seu melhor por este país.
Nós os políticos temos uma grande
responsabilidade, porque o povo depositou confiança em nós e deu-nos
voluntariamente o seu voto e por isso temos que fazer mais e melhor pelo
povo.
Temos que ter respostas
acertadas em palavras e actos face ao que o nosso povo quer e espera de nós,
isto é, tranquilidade, melhores condições de vida e um futuro diferente do que
conheceu até aos dias de hoje.
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Caros Guineenses,
Assim sendo, o trabalho de
cada um de nós ou melhor, só com o trabalho de todos nós, o nosso país será um
grande país.
Reafirmo com orgulho que esta
pátria que nos viu nascer, só a nós nos pertence. Não se deixem levar por
aqueles que só pensam nos seus interesses pessoais, família ou de grupo.
Hoje devemos concentrar as
nossas forças em defesa do interesse comum. A Guiné-Bissau é de todos, e
a Guiné-Bissau é para todos, sem raça e nem cor, sem religião, sem distinção de
qualquer natureza.
Mesmo todos juntos, somos
poucos para enfrentar o desafio que temos pela frente e, portanto, ninguém pode
ou deve ficar para trás. Por isso esta caminhada só faz sentido se estivermos
juntos.
Caros Compatriotas,
O início de 2018 constitui uma
oportunidade ímpar para os guineenses darem início à construção dos fundamentos
para uma verdadeira reconciliação nacional.
Mesmo que seja com “pequenos passos”
– devemos corrigir as injustiças, olhar para os erros e apreender com as lições
do passado. Não podemos deixar que pequenas coisas nos dividam, todos somos
irmãos e é certo de que um dia já divergimos em algum momento nas nossas vidas,
mas nem por isso não reconsideramos as nossas posições.
É verdade que todos nós já
mostramos sinais de cansaço com esta crise que se tem arrastado ao longo deste
dois anos e meio e que provocou sofrimento para todos nós.
Os próximos dias serão cruciais para
mostrarmos ao mundo que nós guineenses somos capazes de resolver os nossos
problemas internos. Nós não devemos confiar mais nos outros que vêm de
fora, desvalorizando e deixando de lado os nossos irmãos. Essa atitude não é
boa para a imagem do nosso povo e nem para o nosso país.
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Nós, guineenses temos maturidade
suficiente para reconhecer o bem e o mal e o penoso impacto que esta crise vem
causando junto do nosso povo.
Tanto o acordo de Bissau, o
Acordo de Conacry e o roteiro recentemente apresentado em Abuja na Cimeira dos
Chefes de Estado da CEDEAO são instrumentos validos e estão disponíveis para
serem apropriados pelos atores políticos e pelo nosso povo. O Roteiro
apresentado na Cimeira da CEDEAO é um instrumento importante, pois é o que
faltava para detalhar os passos no caminho a seguir para a implementação dos
Acordos de Bissau e de Conakry. Face a esses instrumentos não há nada que nos
impeça de reconciliar ou impedir o nosso entendimento.
Aos nossos
políticos, aos nossos jovens, as nossas mulheres, mães e irmãs, aos nossos
homens grandes, a nossa comunidade na diáspora e à sociedade civil em geral,
convido a caminharmos juntos, de mãos dadas, com os olhos postos no futuro,
para o bem do nosso país. Assim, juntos, colocando de lado ambições e egoísmos,
construiremos um novo ano diferente, uma paz sólida e duradoira, alicerçada no
desenvolvimento da terra que partilhamos, “Tchon ku nô Djunta”.
Guineenses, Façamos de 2018 o ano da
Reconciliação!
Desejo a todos, um Feliz Ano de 2018, fazendo votos que seja um Ano de reconciliação, paz, saúde e prosperidade para a grande família Guineense.
Os nossos agradecimentos a todos os nossos parceiros internacionais e em especial a CEDEAO pelo esforço na resolução desta crise interna.
Mulheres e Homens Guineenses,
Reafirmo a minha convicção de que, com a determinação e coragem que sempre caracterizaram o povo guineense, vamos vencer, mais este desafio da reconciliação nacional. E juntos seremos mais fortes, mais solidários, e é o que nosso povo espera de todos e de cada um em particular.
Orgulhamo-nos de que a nossa união que fez a diferença no passado, terá que ser a nossa ferramenta, e a nossa força no presente e no futuro.
Desejo a todos, um Feliz Ano de 2018, fazendo votos que seja um Ano de reconciliação, paz, saúde e prosperidade para a grande família Guineense.
Os nossos agradecimentos a todos os nossos parceiros internacionais e em especial a CEDEAO pelo esforço na resolução desta crise interna.
Mulheres e Homens Guineenses,
Reafirmo a minha convicção de que, com a determinação e coragem que sempre caracterizaram o povo guineense, vamos vencer, mais este desafio da reconciliação nacional. E juntos seremos mais fortes, mais solidários, e é o que nosso povo espera de todos e de cada um em particular.
Orgulhamo-nos de que a nossa união que fez a diferença no passado, terá que ser a nossa ferramenta, e a nossa força no presente e no futuro.
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Eu acredito. Peço-vos que acreditem que podemos reconstruir o nosso país!
A todos os guineenses um Feliz Ano Novo!
Eu acredito. Peço-vos que acreditem que podemos reconstruir o nosso país!
A todos os guineenses um Feliz Ano Novo!
Viva a República da
Guiné-Bissau!
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu povo!
Notabanca; 31.12.2017
Na pidu Deus PA i tiranu es homi no dianti PA 2018 cedu ano di justiça cu bardadi na Guiné PA Deus da nu um bom presidente PA ano cu na bim, PA i danu presidente sã, árbitro di tudo povô, presidente religioso, djiru di corcon puro. Amem
ResponderEliminarMana es homi edi Paigc.
EliminarPaz civil? só pode ser piada?! dizer isso é muito fácil porquê dormes no lugar protegido de grades e não sabe quã os outros vivem na miséria e de suposto crise sem necessidade criado pelo senhor ainda tens a coragem de dizer na cara doa guineense que estamos a viver em paz cívil com fome sem saude nem a educação ainda tamos a viver em paz onde falta tudo e todos tenha santa pasciencia de sair naquele lugar no próximo ano oxalá se Deus quiser porque ninguém aguenta homem saguesuga.
ResponderEliminarPaz civil? só pode ser piada?! dizer isso é muito fácil porquê dormes no lugar protegido de grades e não sabe quã os outros vivem na miséria e de suposto crise sem necessidade criado pelo senhor ainda tens a coragem de dizer na cara doa guineense que estamos a viver em paz cívil com fome sem saude nem a educação ainda tamos a viver em paz onde falta tudo e todos tenha santa pasciencia de sair naquele lugar no próximo ano oxalá se Deus quiser porque ninguém aguenta homem saguesuga.
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