PAÍS
ADIADO E CRESCEM AS PRÁTICAS PERNICIOSAS
Desde
o dia 12 de agosto de 2015, altura em que, o Presidente Mário Vaz, demitiu o
governo do PAIGC liderado por Domingos Simões Pereira (DSP), a Guiné-Bissau
mergulhou-se numa crise político-institucional sem precedentes.
Carlos
Correia veterano da luta de libertação nacional e segundo vice-presidente do PAIGC,
sucedeu por decreto presidencial, em setembro ao DSP. Com efeito, não conseguiu
concretizar o sonho, porquanto os quinze deputados expulsos do PAIGC, que
optaram coligar-se com o PRS decidiram desafiar o Governo do “titio” Carlos
Correia. O braço de ferro, infelizmente, culminou com a demissão do executivo em
maio de 2016, que tentava fazer aprovar no parlamento o seu programa de política
geral de governação e o orçamento-geral de Estado (OGE), para o resto da
legislatura.
Apesar
do chumbo do programa, o PAIGC continuou em todas frentes a sua luta contra um
gigante das arenas, a saber, o Presidente José Mário Vaz apoiado pelos 15
deputados revoltosos e o PRS. Como diz o adagio, “quando dois elefantes brigam,
infelizmente é a floresta que sofre as consequências.”
Logo
depois, o Presidente Mário Vaz nomeou Baciro Djá pela segunda vez consecutiva,
culminando no mesmo dia em tumulto entre os militares e militantes do PAIGC em
frente da sede desta formação politico. O confronto resultou em seis feridos. Um
mês depois, os parceiros financeiros da Guiné-Bissau que
davam apoio ao Orçamento-geral de Estado (OGE) anunciaram o congelamento de
ajudas ao país.
Passados dias, surgiu
“avião fantasma que trouxe para Bissau duas maletas misteriosas e uma espada.” O
facto foi remetido agora ao silêncio pelas autoridades do país.
A
situação política do país piorou-se com o bloqueio da Assembleia Nacional Popular
em Janeiro de 2016. Logo depois, o Primeiro-ministro Baciro Djá, terceiro vice-presidente
expulso também do PAIGC foi empossado em Junho de 2016. Este não conseguiu dar
nenhum passo em frente e muito menos reunir os parlamentares para aprovação do seu
programa do Governo. Estando a funcionar com despesas extraparlamentares. Uma
situação “lamentável” que se qualifica de combates mais encarniçados na arena
politica guineense sem vencedor declarado, e nem vencido. O Presidente Mário
Vaz desencadeou combate renhido contra Domingos Simões Pereira e o PAIGC, mas não
deu em nada frutuoso para o Chefe de Estado granjear mais credibilidade
nacional e internacional.
As
organizações de combate contra o tráfico de drogas revelam que o gráfico de
correios de estupefacientes está a subir em flecha. Já que, detiveram 39 narcóticos de 2014 ao
agosto de 2016 na Guiné-Bissau. As jovens raparigas e mulheres guineenses estão
a consumir, de forma acelerada e preocupante, haxixe liderando o quadro,
particularmente nos espaços públicos de diversão, nomeadamente botequins, discotecas
e escolas. Tornando-se num efeito de moda para a camada juvenil.
Como isso não se bastasse,
os indicadores da Saúde pública apontam, “Duzentas em cada mil crianças morrem
antes de completarem os cincos anos na Guiné-Bissau”, associado com ondas de assaltos a mãos armadas à ribalta, envolvendo
agentes de defesa e segurança de Estado.
Com
tudo, Presidente Mário Vaz não desarmou, tentou sem sucesso derrubar o DSP
atraves de um wazari a maneira dos judokas japoneses, mas a calabaceira-animal
político do PAIGC segue ainda erguida, enraizada no solo guineense com apoio de
outras formações políticas com representação parlamentar. Na altura em que os
tambores convidavam os dois lutadores à um outro confronto físico no Parlamento
guineense, a CEDEAO enviou uma missão presidencial à Bissau, com o intuito de pôr
cobro à contenda entre os beligerantes que deixavam parecer sinais de cansaço
perante adeptos pasmados e povo na penúria.
A
CEDEAO propôs a classe política guineense no dia dez de setembro em Bissau, um
acordo baseado em seis pontos, nomeadamente, “Formar um Governo de Consenso e
Inclusivo para a implementação da plataforma da mesa redonda para dirigir o
país até as próximas eleições em 2018.
Esta
é a ultima oportunidade e advertência para os beligerantes guineenses, não só pela
manutenção da paz e da estabilidade na Guiné-Bissau, mas tambem pelo bem-estar
do povo, já cansado de sofrer.
Será
que este acordo em perspetiva, terá pernas para andar, após vários outros que
ficaram nas gavetas sem efeito positivo? Alea yacta est!
A
ver vamos!
Notabanca.
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