BOLSONARO MANTÉM-SE DETIDO: O QUE ACONTECEU ATÉ AGORA
Resumo completo do dia 24 nov
2025
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, antigo Presidente do Brasil, tornou-se um dos episódios mais marcantes da crise política que o país atravessa desde 2023. Após meses de tensão judicial e sucessivas suspeitas de violação de medidas cautelares, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje, de forma unânime, manter o ex-chefe de Estado detido.
DA
CONDENAÇÃO À ESCALADA DAS MEDIDAS JUDICIAIS
A
11 de Setembro, o STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, por
participação em organização criminosa. A decisão tornou-o inelegível por várias
décadas.
Desde
agosto, Bolsonaro cumpria prisão domiciliária, sob rigorosas medidas de
vigilância, como o uso obrigatório de tornozeleira electrónica, proibição de
aceder a redes sociais e restrições a contactos diplomáticos.
A
VIOLAÇÃO DA TORNOZELEIRA
A
situação agravou-se na madrugada de 22 de Novembro, quando os serviços de
monitorização detectaram irregularidades na tornozeleira electrónica. A Polícia
Federal cumpriu de imediato um mandado de prisão preventiva.
Bolsonaro
admitiu ter danificado o dispositivo, inicialmente salientando que tentou fazer
uma experiência com um ferro de soldar e depois, no STF, alegou ter sofrido “um
ataque psicótico”.
O
STF, contudo, interpretou o acto como violação das medidas cautelares,
reforçando o argumento de risco de fuga do país.
DECISÃO
UNÂNIME PARA MANTER A PRISÃO
Na
votação de hoje, um painel de juízes do Supremo decidiu, por unanimidade,
manter Bolsonaro sob prisão preventiva. O relator Alexandre de Moraes destacou
o “reiterado incumprimento” das medidas impostas, a gravidade da condenação e a
necessidade de assegurar a ordem pública e a execução da pena.
Analistas
judiciais apontam que dificilmente haverá reversão imediata desta decisão.
O
QUE SE SEGUE?
Os
próximos passos dependerão da evolução dos recursos e de eventuais avaliações
médicas solicitadas pela defesa. A Procuradoria-Geral da República e o STF,
porém, consideram que o quadro jurídico é suficientemente robusto para
justificar a continuidade da prisão.
Notabanca; 25.o11.2025

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