ATIVISTAS CLIMÁTICOS INVADEM ÁREA RESTRITA DA COP30 EM BELÉM: “A CRISE CLIMÁTICA É UMA CRISE DE SAÚDE!”
Dezenas
de ativistas climáticos invadiram na terça-feira a área restrita da Conferência
das Nações Unidas para o Clima (COP30), que decorre na cidade amazónica de
Belém, no Brasil.
Os manifestantes ultrapassaram as cancelas de segurança e entraram já de noite no átrio da grande tenda administrada pela ONU, onde decorrem as negociações climáticas.
A
Lusa relatou que o episódio provocou “uma cena de caos”, uma vez que “vários
membros das delegações preparavam-se para deixar o recinto”. Poucos minutos depois,
“a equipa de segurança da ONU expulsou os manifestantes que abandonaram o local
por volta das 19h30 (20h30 em Lisboa)”, adiantou a agência.
A
COP30 decorre em Belém até 21 de novembro e reúne representantes de governos,
organizações internacionais e movimentos da sociedade civil para debater
políticas de combate às alterações climáticas.
“A
crise climática é uma crise de saúde”
De
acordo com a agência EFE, os ativistas gritavam “A crise climática é uma crise
de saúde!”, num protesto que contou com profissionais de saúde e indígenas.
A
mesma agência destacou que “em poucas regiões se sente tanto o impacto das
alterações climáticas na saúde como na Amazónia, onde se situa Belém e que, em
2024, foi atingida por uma seca histórica, agravada por múltiplos incêndios.”
A
manifestante Lena Peres, infetologista de 63 anos que trabalha para o
Ministério da Saúde do Brasil, disse à EFE: “Vivi décadas em Belém e nunca tive
dengue; agora toda a gente apanha... tornou-se uma doença urbana.”
Por
outro lado, segundo a Folha de São Paulo, “vários manifestantes gritavam que
era necessário ‘taxar os bilionários’” e entoaram cânticos contra “a exploração
de petróleo perto da Foz do Amazonas.”
Alguns
dos protestos foram dirigidos ao Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, com frases como: “Governo Lula, que papelão, destrói o clima com essa
perfuração”.
O
protesto terminou sem registo de feridos, mas o incidente levou a um reforço
das medidas de segurança dentro do recinto da conferência.
A
invasão ocorreu num momento em que as negociações da COP30 enfrentam crescente
pressão de grupos ambientais, que exigem medidas mais concretas para travar o
aquecimento global e proteger a Amazónia.
Notabanca; 08.12.2025

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