ZELENSKY DECLARA QUE ENCONTRO COM TRUMP "FOI O MELHOR" ATÉ AGORA
A reunião entre Donald Trump,
Zelensky e os líderes europeus, está a acontecer, sendo que numa das
intervenções, o Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, afirmou que “nas
últimas duas semanas houve mais progressos do que nos últimos três anos e
meio”.
Quanto a um acordo, para Trump “isto é algo que pode ser alcançado no futuro próximo”, reiterando que o próximo passo será um encontro trilateral. Sobre o encontro com os líderes europeus, diz que “vão chegar a um acordo hoje”. “Acho que em quase tudo, incluindo [as garantias de] segurança”, refere.
Também
na sua intervenção, Trump afirmou que Putin aceitou que a Ucrânia precisa de
garantias de segurança e que isso é o principal tema em cima da mesa neste
momento. “Temos de decidir quem irá fazer o quê”, explica, sem detalhes. Além
disso, também serão discutidas as questões territoriais — um “tema muito
triste”.
Donald
Trump passou em seguida a palavra a Zelensky, que diz que o encontro de hoje
“foi o melhor”. “Não, o melhor será no futuro”, corrige. “Falamos sobre pontos
sensíveis, como garantias de segurança e estamos felizes que todos os líderes
estejam aqui, pois a segurança da Ucrânia depende dos Estados Unidos, de si,
dos outros líderes”, continua. “É importante que os Estados Unidos estejam
disponíveis”, elogia.
O
segundo ponto de discussão foi a questão humanitária e a troca de prisioneiros
e o regresso das crianças ucranianas raptadas pelas forças russas, relata
Zelensky.
“É
muito importante que as questão territoriais sejam discutidas a nível trilateral
e o Presidente Trump disse que irá tentar organizar — a Ucrânia ficará feliz se
estiver presente”, declara, respondendo à oferta do seu homólogo.
Zelensky
termina a sua intervenção com um agradecimento aos restantes líderes europeus e
a Trump por ter sido o anfitrião.
Em
relação aos líderes europeus que acompanharam Zelensky, destacam-se as palavras
do Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, que afirmou que “nas últimas duas
semanas houve mais progressos do que nos últimos três anos e meio”. Alexander
Stubb sublinha o peso “simbólico” do encontro: “a equipa Europa e a Equipa
Estados Unidos a apoiar a Ucrânia”.
Destes
líderes, o primeiro a falar foi Mark Rutte, que afirmou “se jogarmos isto bem,
podemos acabar isto. Há uma guerra terrível, por isso estou entusiasmado por
hoje. O facto de ter dito que está disposto a participar nas garantias de
segurança é um grande passo, é uma viragem e faz toda a diferença”, afirmou.
Para
Ursula von der Leyen “é muito bom” o facto de todos os países, incluindo agora
os EUA, terem aceitado contribuir para as garantias de segurança. Além disso,
defende que “uma das maiores prioridades nestas negociações deve ser fazer com
que estas crianças ucranianas regressem às suas famílias”.
Já
Friedrich Merz declara que Donald Trump “abriu caminho” durante a cimeira do
Alasca, mas que os “passos mais complicados são os próximos”.
“Todos
nós gostávamos de ver um cessar-fogo, o mais tardar na próxima reunião. A
credibilidade destes esforços dependem de um cessar-fogo a partir do próximo
passo”, que será a reunião trilateral.
Trump
responde, voltando a mencionar que nenhuma das “seis guerras que resolveu”
recorreu a um cessar-fogo. “Se fizermos um cessar-fogo, ótimo, mas há muitos
pontos”, declarou o presidente dos EUA ainda.
Da
Itália, Giorgia Meloni elogiou a entrada em cena de Donald Trump, que forçou a
Rússia a negociar, afirmando que as negociações só foram possíveis “devido ao
bloqueio no campo de batalha, com a coragem dos ucranianos e com a união que
todos providenciámos à Ucrânia. Menciono isto porque se queremos alcançar paz e
garantir justiça, temos de o fazer unidos”,
O
Presidente francês também salienta “que todos à volta da mesa trabalharam muito
nos últimos anos” para alcançar a paz. Emmanuel Macron sugere que, depois da
reunião trilateral, será necessária uma reunião a quatro, pois, defende, não se
pode discutir a segurança da Ucrânia sem discutir a segurança da Europa.
Keir
Starmer faz eco das palavras de Macron e destaca o trabalho que já tem vindo a
ser feito no âmbito da “Coligação dos Disponíveis”, que ambos lideram. “Com a
abordagem certa, acho que podemos fazer grandes progressos hoje”, defende o
primeiro-ministro britânico, repetindo os agradecimentos dos seus pares a
Trump.
O
Presidente da Finlândia encerra as declarações, afirmando que “nas últimas duas
semanas houve mais progressos do que nos últimos três anos e meio”. Alexander
Stubb sublinha o peso “simbólico” do encontro: “a equipa Europa e a Equipa
Estados Unidos a apoiar a Ucrânia”.
Stubb justifica ainda a
sua presença na reunião de potências com o facto de serem uma “pequena nação”
mas partilharem uma longa fronteira com a Rússia. “Temos a nossa experiência
histórica com a Rússia e encontrámos uma solução e acredito que vamos encontrar
a solução em 2025”, explica.
Notabanca; 18.08.2025

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