PRESIDENTE DA LIGA RECEBIDO POR BISPO DE BAFATÁ
O presidente da Liga Guineense dos Direitos
Humanos (LGDH), Bubacar Turé, manteve, esta quarta-feira (30.07), um encontro
de trabalho com o novo Bispo da Diocese de Bafatá, Dom Victor Luís Quematcha,
com quem abordou vários temas, com destaque para o radicalismo e extremismo
violento.
A audiência teve lugar em Bafatá e serviu
também para o ativista apresentar o cumprimento ao Bispo, que foi ordenado em
junho passado nas novas funções.
Após o encontro, o presidente da LGDH fez uma "radiografia" sobre a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau. Bubacar Turé diz que, neste particular, o país está um "caos".
Bubacar Turé promete que a sua organização
não calará e estará pronta para denunciar todos os males que surjam e ponham em
causa os direitos dos cidadãos.
"A população pode esperar uma Liga
[Guineense dos Direitos Humanos] cada vez mais interventiva, atuante, atenta e
uma Liga pronta para denunciar todos os comportamentos nefastos que
consubstanciem a violação dos direitos humanos", garantiu o ativista.
Turé promete que a sua organização, além de
documentar os casos que vão aparecendo, vai continuar a testemunhá-los aos
parceiros internacionais, lembrando que a LGDH esteve recentemente na Suíça,
onde denunciou o Estado da Guiné-Bissau pelo papel que desempenha contra os
direitos humanos.
O Presidente da Liga Guineense dos Direitos
Humanos repudiou ainda o uso de múltiplas drogas pela juventude, afirmando
ainda que o consumo dos estupefacientes põe em causa a Paz e os direitos
humanos.
"É preciso que a juventude mude de
mentalidade, que perceba que o futuro da Guiné-Bissau está nas suas mãos, mas
isso só pode ser realidade quando temos uma juventude sã. Uma juventude doente
não pode governar nenhum país. Mas para ser saudável tem que se evitar da
droga, porque a droga é sinónimo de destruição e de doença", finalizou em
declarações aos jornalistas, em Bafatá.
Nas suas declarações, o Bispo da Diocese de
Bafatá, Dom Victor Luís Quematcha, garante uma "abertura total" e
colaboração da instituição religiosa com a Liga Guineense dos Direitos Humanos,
para a promoção da paz na Guiné-Bissau.
"A Liga pode esperar uma abertura
total e colaboração [da Diocese de Bafatá]. Como disse, a nossa missão,
enquanto instituição religiosa, é de promover a Paz, o entendimento e irmandade
entre as pessoas, na Guiné-Bissau", começou por dizer.
No entanto, o líder religioso espera que o
tratamento seja recíproco entre a Diocese de Bafatá e a Liga Guineense dos
Direitos Humanos.
"A Igreja também espera muito da Liga,
porque uma das suas missões é formar as pessoas e nós, enquanto instituição
religiosa, vamos recorrer também à Liga porque tem pessoas preparadas para
formarmos a nossa camada juvenil. Por isso, queremos contar muito com ela,
porque é perita na área", disse, elogiando a LGDH.
Dom Victor Luís Quematcha reconhece que não
é fácil defender os valores humanos, mas exige, segundo disse, "muita
coragem e determinação".
Notabanca; 30.07.2025

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