Bissau acolhe 1ª Reunião Anual 2025 do Comité Regional de Pilotagem dos Projectos WACA ResIP
Os técnicos e membros dos Comités Nacionais de Pilotagem dos Projetos de Investimento para a Resiliência das Zonas Costeiras da África Ocidental(WACA ResLP), estão reunidos em Bissau, por ocasião da 1ª Reunião Anual de 2025 da referida organização.
Ao presidir a cerimónia de abertura do evento, o
ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática pediu ao Comissário
responsável pelo Departamento da Agricultura, dos Recursos Hídricos e do
Ambiente da UEMOA para transmitir às autoridades da organização, o sincero
reconhecimento do povo guineense pelo apoio constante e pelas iniciativas em
prol do bem estar das populações, tanto do interior como do litoral.
Viriato Luís Soares Cassamá disse que os projetos WACA
ResLP são um exemplo concreto da solidariedade que unem os países membros em
torno de um objetivo comum de proteger as zonas costeiras e fortalecer a
resiliência das comunidades.
“Permitam-se igualmente, saudar de forma especial o
papel determinante do Banco Mundial. O seu apoio técnico e financeiro tem
sido crucial para permitir que os países beneficiários dos Projetos WACA voltem
a valorizar o mar como fonte de vida, de oportunidades e de equilíbrio
ambiental”, salientou.
O governante agradeceu igualmente à Comissão da União
Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), pelo seu empenho e liderança
na coordenação regional dos esforços de preservação do litoral da África
Ocidental.
Viriato Luís Soares Cassamá sublinhou que a
Guiné-Bissau junta-se agora a esta dinâmica regional, como país beneficiário do
segundo projeto de investimento WACA ReLP.
“Estamos plenamente comprometidos em cooperar com os
seis países pioneiros que implementaram o primeiro projeto e desejamos aprender
com as suas experiências, os seus sucessos e os desafios”, enalteceu.
Por sua vez, o Comissário responsável pelo
Departamento da Agricultura, dos Recursos Hídricos e do Ambiente da UEMOA,
exortou aos participantes que, enquanto intervenientes nos respetivos países,
não há necessidade de lhes lembrar que a aceleração dos riscos de erosão
costeira, de inundações e da salinização dos solos, exacerbada pelos efeitos
das alterações climáticas, é tal que nenhum país, individualmente, conseguiria
lidar, de forma eficaz e definitiva, com a situação.
Mahamadou Gado disse citando dados do Banco
Mundial, que cerca de 56 por cento do Produto Interno Bruto(PIB), de África
provêm diretamente das zonas costeiras, o que, diz, conduz a consequência
negativas firmes, particularmente em termos de segurança alimentar, meios de
subsistência das populações e custos económicos e sociais elevados em caso de
ataques climáticos.
“É por isso que, em nome da Comissão da UEMOA, reitero
o nosso apelo aos países vizinhos para reforçarem os seus meios de cooperação.
Uma sinergia de ações costeiras comuns, partilhando os ecossistemas costeiros”,
disse.
Em representação do Banco Mundial na Guiné-Bissau,
Verónica Golanda Jarrin disse que os países membros da WACA são os mais
vulneráveis perante as alterações climáticas.
Por isso, afirmou que WACA tem se comprometido
desde 2020, em ajudar as instituições a fazerem uma boa gestão das zonas
costeiras.
Nesta 1ª Reunião Anual 2025 do Comité Regional de
Pilotagem dos Projetos WACA ResIP, com a duração de um dia, serão debatidos os
temas ligados os Projetos WACA, e realizadas trocas de experiências entre
as diferentes instituições membros.
Os projetos WACA ResIP visam, entre outras metas,
reforçar as capacidades institucionais, promover soluções baseadas na natureza,
melhorar infraestruturas costeiras e apoiar as comunidades vulneráveis.
Financiados por parceiros multilaterais como o Banco Mundial, os projetos são
implementados em vários países da África Ocidental, nomeadamente Guiné-Bissau,
Senegal, Guiné Conacri, Gâmbia, Benin, Costa do Marfim, Togo, Mauritânia
e incluem ainda São Tomé e Príncipe
Notabanca; 03.07.2025

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