BIJAGÓS PATRIMÓNIO MUNDIAL NATURAL DA UNESCO UMA RESPONSABILIDADE NACIONAL E LEGADO DO ANTIGO DG DO IBAP
A recente inscrição da
parte do Arquipélago dos Bijagós – (João Vieira e Poilão, Orango e Urok) – na
lista do Património Mundial Natural, colocando a Guiné-Bissau, o primeiro país
africano a integrar a lista da UNESCO, (Organização das Nações Unidas para a
Educação Ciência e Cultura) é um marco histórico Indelével e motivo de imenso
orgulho para os guineenses.
O reconhecimento não
é apenas um tributo à beleza natural e à diversidade ecológica destas ilhas,
mas também, um apelo à nossa consciência coletiva de proteger mais o que é
nosso, valorizar mais o que é único e, preservar mais o que é sagrado.
As Ilhas Bijagós são
muito mais do que um conjunto de paisagens paradisíacas. São um ecossistema
frágil e precioso, onde convivem espécies endémicas, florestas tropicais,
mangais, tartarugas marinhas que viajam ao resto do mundo, peixes abundante, elefantes
e aves migratórias, hipopótamos e as comunidades humanas que, durante séculos,
souberam viver em harmonia com a
natureza. É o legado e o sonho projetado pelo antigo diretor-geral do IBAP, o ambientalista e visionário, Alfredo Simão Da Silva já falecido a 01.03. 2019 em circunstâncias
misteriosas.
Alfredo Simão Da Silva foi um dos grandes arquitetos da construção do sucesso que a Guiné-Bissau tem apresentado ao mundo em matéria da conservação da natureza e do ambiente, um técnico reconhecido, uma personalidade respeitada por todos, cá dentro e lá fora.
DG Alfredo empenhou-se profundamente na construção e consolidação de várias instituições nacionais e sub-regionais, tais como, o Gabinete de Planificação Costeira (GPC), Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Organização para a Defesa e Desenvolvimento das Zonas Húmidas (ODZH), Ação para o Desenvolvimento (AD), Tiniguena, Fundação BioGuiné, Parceria Regional para Conservação da Zona Costeira e Marinha (PRCM), Rede das Áreas Marinhas Protegidas da África Ocidental (RAMPAO), União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) Guiné-Bissau e essencialmente, inclusive na construção de estratégias subjacentes a criação e consolidação do Sistema Nacional das Áreas Protegidas (SNAP). Agora, o Arquipélago dos Bijagós transformou-se numa realidade. Parabéns DG Alfredo!
Este reconhecimento
internacional impõe agora uma responsabilidade nacional redobrada ao Estado
guineense, às comunidades locais, às ONGs ambientalistas e a cada cidadão.
Proteger as Ilhas Bijagós significa assumir um compromisso firme com a educação
ambiental abrangente e inclusiva em todos os percursos para uma gestão
sustentável dos recursos naturais, combater a pesca abusiva, corte do mangal, e à poluição, defendendo as práticas
culturais tradicionais locais e a promoção de um turismo de baixa intensidade, responsável
e ecológico. Sem prejuízos ou acidentes ambientais.
A Guiné-Bissau, sendo
um dos países mais biodiversos da África Ocidental, precisa de transformar este
momento num ponto de viragem na política ambiental, nacional. É urgente
reforçar os mecanismos de fiscalização, investir na formação de guardas florestais e maritimos, apoiar os
saberes das comunidades Bijagós, combater e prevenir a contaminação dos mares
por resíduos plásticos ou exploração predatória.
Não há futuro
possível sem respeito pela natureza. E não há desenvolvimento sustentável sem
equilíbrio entre progresso humano e preservação ambiental.
Ao reconhecer as
Ilhas Bijagós como Património Mundial Natural, o mundo envia-nos uma mensagem
clara: a Guiné-Bissau tem nas suas mãos uma jóia natural rara – cabe-nos
protegê-la com coragem, inteligência e visão de longo prazo.
Que este seja o
início de uma nova era de respeito pela terra, pelos rios, pelos mares, pelas florestas
pela nossa Biodiversidade, em suma, por
todas as formas de vida que habitam na nossa pátria para que as futuras gerações
–possam herdar um país, uma Guiné-Bissau onde a natureza e a cultura se caminhem
lado a lado, com dignidade, e esperança.
Parabéns
Guiné-Bissau!
Parabéns IBAP!
Parabéns antigo DG do
IBAP, Alfredo Simão Da Silva!
Por: Lai Baldé-jornalista Editor Chefe de Notabanca


Correcao : nao ha elefantes no arquipelago dos Bijagos !
ResponderEliminarA morte não deve ser esquecida e nem o valor, quem quer faça a sua, a construção da história não é preciso dos oportunistas e os vagabundos, mas sim, precisa dos ideólogos, visionários e humanista como Dr. Alfredo da Silva. O setor ambiental não precisa do líder sem coração, porque é uma coisa que trata da natureza, a natureza é divindade e a divindade provê da fé e quem não tem a fé não pode liderar, a liderança é de Deus para seus filhos, eterno descanso o herói da natureza, Enga. Aissa Regalla, levante a cabeça, caneta e siga os sonhos do herói, ninguém não pode aproveitar o sono eterno, mais sim, pôr a coroa na cacimonia escrevendo eterno descanso!
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