quarta-feira, 30 de abril de 2025

VICE-PRESIDENTE DO SUDÃO DO SUL SUGERE FUZILAMENTO PARA ACABAR COM CORRUPÇÃO

Um dos vice-presidentes do Sudão do Sul, Taban Deng Gai, sugeriu a execução por fuzilamento de pessoas envolvidas em casos de corrupção como forma de acabar com este crime no país, avançou esta terça-feira a agência de notícias Europa Press.

Segundo os dados apresentados por Deng Gai, que é responsável por assuntos de energia, foram apresentadas 350 queixas de casos de roubo de eletricidade, embora "apenas duas tenham chegado aos tribunais", algo que atribuiu à corrupção entre as forças de segurança e o aparato judicial, conforme relatado pela estação de notícias sul-sudanesa Eye Radio.

"A empresa disse que se o problema não for resolvido, poderá entrar em colapso e fechar as portas", alertou Gai, que pediu ação para acabar com esse tipo de comportamento criminoso.

"Há discussões sérias sobre como acabar com a corrupção. Deveríamos pensar em pelotões de fuzilamento", disse ele.

As declarações do vice-presidente do Sudão do Sul, país que se encontra mergulhado numa grave crise humanitária, ocorrem no momento em que existem alegações de que os engenheiros ajudaram alguns moradores a sabotar postes de serviços públicos para obter serviços irregulares.

O país africano, que está a braços com uma grave falta de energia, encontra-se, também, no meio de uma grave crise política, na sequência de combates ocorridos em fevereiro entre o exército e uma milícia no Alto Nilo, perto da fronteira com a Etiópia, sobretudo depois de o Governo ter acusado o Movimento Popular de Libertação do Sudão - Oposição (SPLM-IO), da oposição, de alegadamente apoiar o grupo, o que o SPLM-IO tem negado repetidamente.

As acusações acabaram por levar à colocação em prisão domiciliária do antigo líder rebelde e atual primeiro vice-presidente Riek Machar, que foi subsequentemente substituído como chefe interino do SPLM-IO, causando também uma divisão interna no grupo da oposição e ameaçando uma maior instabilidade entre os receios de um possível colapso do acordo de paz de 2018.

Notabanca; 30.04.2025

 

 

 

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