SINDICATOS DE MUNDO CONDENAM AMEAÇAS DE MORTE CONTRA SECRETÁRIO GERAL DA UNTG
A Organização Regional Africana da Confederação Sindical Internaciona l(CSI-África) condenou, recentemente, as ameaças de morte, por pessoas desconhecidas, dirigidas contra o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), para que este ponha termo as greves na função pública.A informação vem expressa numa carta do secretário-geral do CSI-África dirigida ao Chefe de Estado guineense, publicada na página oficial da UNTG na rede socia, Facebook.
O secretário-geral da CSI-África pede ao governo guineense para garantir segurança ao Júlio António Mendonça e à outros líderes sindicais, que ponha termo à atos de limitação e ameaças contra os líderes sindicais e que abrace um diálogo social significativo, para abordar as queixas dos sindicatos e da população em geral.
A UNTG está envolvida em acções de protesto contra os aumentos de impostos anunciados pelo governo em novembro de 2020 e aprovados pelo parlamento e promulgados pelo Presidente da República, a 28 de janeiro de 2021.
De acordo com a missiva, os funcionários denunciam que a elite continua a gozar de “privilégios obscenos” enquanto que a maioria dos servidores públicos e a população é negligenciada, sem segurança de rendimentos ou proteção social durante as restrições da covid-19.
“As medidas governamentais recentes incluem a atribuição de valores exorbitantes de subsídios aos órgãos de soberania e antigos membros dos mesmos, a suspensão e despedimento de empregados que se crê pertencerem a um partido político diferente, atos de nepotismo no recrutamento dos trabalhadores dos serviços públicos, resultando em excesso de pessoal e aumentos injustiçado dos salários para alguns”, refere a carta.
O Comité de Liberdade Sindical (CFA) da Organização Internacional do Trabalho(OIT), estabeleceu o princípio de que “as organizações responsáveis pela defesa dos interesses socioeconómicos e profissionais dos trabalhadores devem poder utilizar a greve para apoiar a sua posição na procura de soluções para os problemas colocados pelas crises sociais”.
A CSI-África chamou atenção ao Umaro Sissoco Embaló para ter em conta a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos que protege o direito à liberdade , segurança pessoal, de expressão, opinião e associação, frisando que, estes direitos e liberdades devem ser respeitados pelo governo.
Notabanca; 11.09.2021
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