GOVERNO GUINEENSE E CHINA ANALISAM MODALIDADE DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
O ministro da Justiça recebeu hoje em audiência o embaixador da República Popular da China no país com quem debateu entre outros, a situação do combate ao crime organizado na Guiné-Bissau.Em declarações à imprensa no final do encontro, Fernando Mendonça disse que discutiram com Guo Ce a problemática de combate a corrupção, droga e o crime organizado no geral.
“Mas isso faz-se com meios e recursos humanos e instituições fortes. Portanto temos que ter homens capazes para cumprir essa missão de combate ao crime organizado, droga e a corrupção”, salientou o governante.
Mendonça sublinhou que os polícias como pessoas que vão a frente nesta missão, bem como as prisões, constituem um dilema neste momento.
“Actualmente, a Guiné-Bissau só dispõe de uma prisão de cumprimento de penas que é a de Bafatá, com capacidade para 56 reclusos. Em Bissau existe um Centro de detenção ligada à Polícia Judiciaria, outro em Mansoa que é para presos preventivos que ainda não foram julgados”, explicou.
O ministro da Justiça frisou que se esses 56 lugares de que dispõe a prisão de Bafatá significasse que há poucos crimes, seria muito bom. “Acontece acontece que não é o caso”, diz o Mendonça.
“Ou seja, significa que nós ainda não adequamos às exigências actuais ,à dimensão que é necessário dar aos centros prisionais”, salientou.
Revelou que manifestou as referidas preocupações ao embaixador da China no país, tendo recordado que na era colonial, as prisões que existiam no país, se situavam na Ilha das Galinhas , e depois da independência em Caraxe, mas que actualmente não existem.
“Neste momento não existe nenhuma prisão condigna, há essa preocupação tendo em conta que, se pretendemos combater a corrupção onde é que vamos meter os infractores”, lamentou.
Fernando Mendoça disse que, por isso, o Governo entende que é fundamental que o país tenha uma prisão de alta segurança, acrescentando que essa preocupação foi abordado com o diplomata chinês que manifestou a disponibilidade do seu país em receber um projecto nesse sentido.
Por sua vez, o embaixador da República Popular da China no país afirmou reconhecer o papel do Ministério da Justiça no combate ao tráfico de drogas, corrupção e crime organizado.
Guo Cé garantiu que a embaixada irá accionar os mecanismos junto das autoridades governamentais chinesas para compartilhar as experiências neste domínio com a Guiné-Bissau.
Perguntado sobre o que de imediato o Ministério da Justiça da Guiné-Bissau pode
receber como apoio, no âmbito das parcerias existentes
, o diplomata chinês disse que por enquanto nada foi definido, frisando contudo
que existem intercâmbios na área de formação de quadros.
O referido intercâmbio, segundo Chu Cé ficou adiado por causa da Covid-19 e só será retomado assim que for possível o controlo total da pandemia.
Notabanca; 18.11.2020
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