SISSOCO EMBALÓ PARTICIPA NA CIMEIRA DA CEDEAO NO NIGER
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló participa hoje na 57ª Sessão Ordinária de Chefes de Estado e Governo da CEDEAO em niamey, capitam de Niger, onde se encontra desde 04 deste mês, a ministra guineense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, Suzi Barbosa, a testa de uma delegação guineense.
O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, afirmou este domingo, 06 de setembro de 2020, que os juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) podiam levar a Guiné-Bissau a uma guerra civil, devido à morosidade no tratamento do contencioso eleitoral, cujo fecho todo o país aguardava com grande expetativa.
Embaló reagia à questão do jornal O Democrata sobre a decisão do plenário do STJ que considerou improcedente o recurso dos advogados de defesa do candidato derrotado, Domingos Simões Pereira, que
havia pedido a anulação das
eleições presidenciais por considerar o processo viciado.
O Chefe
de Estado falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo
Vieira, antes da sua deslocação a Niamey, capital do Níger, onde
participa na 57ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e
do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO). Embaló considera extemporânea a decisão dos Juízes
conselheiros .
“A decisão significa para mim, zero. Eu
envergonho-me e luto sempre para colocar a Guiné-Bissau no mapa do mundo
nos aspetos positivos. Depois de um ano e já se sabia que isto é branco
e vinham dizendo às pessoas que era verde. Já se sabia quem foi
vencedor das eleições presidenciais. Não têm noção que estes juízes
podiam levar-nos a uma guerra civil e as pessoas podiam morrer nestas
situações, se Deus não tivesse ajudado. Vejam os
conflitos pós-eleitorais noutros países”, assegurou, para de seguida
afirmar que já ele já é presidente, não seria o Supremo quem iria elegê-lo.
Sobre
a iniciativa do governo de introdução da língua árabe no sistema
educativo, o Presidente da República lembrou que a Guiné-Bissau é um
país laico, pelo que vai “vetar o diploma”, assim que o diploma chegar
na presidência.
“A língua árabe nunca fez parte do nosso sistema educativo”, referiu.
Relativamente à situação da instabilidade política em alguns países da sub-região (CEDEAO) que será um dos
pontos da agenda da Conferência, Úmaro Sissoco Embaló disse que, na
verdade, há problemas em alguns países da sub-região, e registam-se
mortes de pessoas na Guiné-Conacri. Frisou que há problemas por
causa do interesse num terceiro mandato manifestado por alguns chefes de
Estados.
Reconheceu, neste particular, que a CEDEAO é uma
organização séria e com muita experiência, pelo que os Chefes dos
Estados e do Governo encontrarão uma solução para os problemas que se
registam a nível do espaço.
Notabanca; 06.09.2020
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