O presidente da Associação Nacional de Surdos e Mudos da Guiné-Bissau revelou na sexta-feira que os surdos e mudos da Guiné-Bissau se sentem excluídos ao acesso à informação.
De acordo com José Augusto Mendonça, os seus associados não conseguem ter acesso à informação na televisão, por não haver um intérprete para passar informações difundidas aí, aos membros da organização.
Para inverter a situação, Mendonça defende, a necessidade de introdução de linguagem gestual nos órgãos de comunicação social do país, sobretudo, na TGB.
O responsável máximo da organização falou na cerimónia
de entrega de um donativo de alguns funcionários da sistema das Nações Unidas
em Bissau ao Lar de Crianças Surdas e Mudas cito na Ponta Gardete arredores de
Bissau, afirmou que fizeram várias tentativas junto das Nações Unidas e sucessivos
Governos sobre o efeito, mas não se deu em nada. Daí, José Augusto solicita ao atual
Executivo assumir as suas responsabilidades consagradas na Constituição da
República sobre o direito a informação.
No acto, o Presidente da Associação confirmou que
receberam 15 sacos de arroz, 60 litros de óleo alimentar, 15 garrafas de
lixívia, 15 saquinhos de papa, máscaras e 45 barras de sabão.
“O gesto dos Funcionários do Sistema das Nações Unidas
é de louvar uma vez que estamos a precisar de ajuda. Espero que continuem a nos
dar atenção na medida das suas possibilidades”, desejou aquele responsável.
A representante dos Funcionários de Sistema das Nações
Unidas, Esperança Alfama prometeu que fará chegar os pedidos da organização aos
seus superiores hierárquicos para que possam decidir no futuro a situação dos deficientes.
“Nós, funcionários de Sistema das Nações Unidas
incluindo os representantes, vimos que temos que fazer algo para ajudar na
prevenção da pandemia de Covid-19, por isso, decidimos ajudar famílias
vulneráveis com produtos alimentares e higiénicos, mas também desenvolvemos
campanhas de sensibilização”, explicou Esperança Alfama.
Em jeito de retribuição, Associação de Surdos e Mudos,
doou um “Dicionário Gestual” da segunda edição produzído por Surdos e Mudos no
ano 2018. A primeira edição foi produzida em 2008.
Notabanca; 19.07.2020
O nome é José Augusto Lopes e não José Augusto Mendonça
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