domingo, 19 de julho de 2020

SURDOS E MUDOS DA GUINÉ-BISSAU DIZEM SENTIREM EXCLUÍDOS NA SOCIEDADE 
O presidente da Associação Nacional de Surdos e Mudos da Guiné-Bissau revelou na sexta-feira que os surdos e mudos da Guiné-Bissau se sentem excluídos ao acesso à informação.
De acordo com José Augusto Mendonça, os seus associados não conseguem ter acesso à informação na televisão, por não haver um intérprete para passar informações difundidas aí, aos membros da organização.
Para inverter a situação, Mendonça defende, a necessidade de introdução de linguagem gestual nos órgãos de comunicação social do país, sobretudo, na TGB.


O responsável máximo da organização falou na cerimónia de entrega de um donativo de alguns funcionários da sistema das Nações Unidas em Bissau ao Lar de Crianças Surdas e Mudas cito na Ponta Gardete arredores de Bissau, afirmou que fizeram várias tentativas junto das Nações Unidas e sucessivos Governos sobre o efeito, mas não se deu em nada. Daí, José Augusto solicita ao atual Executivo assumir as suas responsabilidades consagradas na Constituição da República sobre o direito a informação.

No acto, o Presidente da Associação confirmou que receberam 15 sacos de arroz, 60 litros de óleo alimentar, 15 garrafas de lixívia, 15 saquinhos de papa, máscaras e 45 barras de sabão.

“O gesto dos Funcionários do Sistema das Nações Unidas é de louvar uma vez que estamos a precisar de ajuda. Espero que continuem a nos dar atenção na medida das suas possibilidades”, desejou aquele responsável.

A representante dos Funcionários de Sistema das Nações Unidas, Esperança Alfama prometeu que fará chegar os pedidos da organização aos seus superiores hierárquicos para que possam decidir no futuro a situação dos deficientes.

“Nós, funcionários de Sistema das Nações Unidas incluindo os representantes, vimos que temos que fazer algo para ajudar na prevenção da pandemia de Covid-19, por isso, decidimos ajudar famílias vulneráveis com produtos alimentares e higiénicos, mas também desenvolvemos campanhas de sensibilização”, explicou Esperança Alfama.

Em jeito de retribuição, Associação de Surdos e Mudos, doou um “Dicionário Gestual” da segunda edição produzído por Surdos e Mudos no ano 2018. A primeira edição foi produzida em 2008.

Recordamos um velho diado: Um pequeno gesto significa muito para quem precisa e não tem.

Notabanca; 19.07.2020

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