O Presidente da Comissão Negocial e porta-voz de quatro sindicatos do sector educativo, afirmou ma quinta-feira que se o Governo não criar condições para o funcionamento das escolas públicas nesta época das chuvas e da pandemia da Covid-19, os professores não vão voltar às salas de aulas para leccionarem.
Em entrevista exclusiva ao semanário O Democrata sobre
se já estão reunidas todas as condições para a retoma das aulas prevista
para o próximo dia 13 de Julho, Duarte Bunghoma Sanhá disse que é preciso
que haja condições que permitam a retoma de aulas sem grandes riscos de
contaminação, uma vez que muitas escolas não tem condições infraestruturas, o
que é do conhecimento do Ministério da Educação.
Acrescentou que espera que o executivo apresente um
plano para o funcionamento das escolas, tanto na capital Bissau como nas
regiões, em que alguns estabelecimentos do ensino se encontram em avançado
estado de degradação.
Duarte Sanhá
que falava em nome do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), do
Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), dos Funcionários da Escola Superior da Educação (Siese) e a
Frente Nacional de Professores (Frenaprof), disse que as referidas organizações
da classe dos professores têm que defender os seus associados de uma eventual
contaminação da doença de Covid-19 , bem como os alunos.
O sindicalista disse que foram muito claros com o Governo
no que concerne à retoma das aulas e sugeriram as autoridades realização de
acções concretas para a retoma com segurança.
Acrescentou entretanto que, se o executivo anunciar o
reinício das aulas para segunda-feira é porque na verdade vai criar condições
para o efeito.
“Ouvimos através dos órgãos de comunicação social, o
anúncio de retoma de aulas e confesso que estamos todos com dúvidas se as
escolas públicas retomarão as aulas no dia 13 de Julho. Estamos na época da
chuva e não podemos preocupar somente com a Covid-19 mas também com o paludismo
e outras doenças, dado que algumas escolas estão em zonas húmidas, sem nenhumas
condições”, disse.
Aquele
responsável referiu-se a necessidade de
confinamento, respeito pelo distanciamento social, como alguma das
condições que permitirão o funcionamento de aulas, obedecendo as normas
preventivas estabelecidas no quadro do estado de emergência.
O porta voz das organizações sindicais do sector
educativo sustenta que será necessário
reduzir o número de alunos por turmas e disponibilizar máscaras suficiente para professores e alunos,
bem como arranjar solução para as escolas com problemas nos telhados.
Notabanca;
10.07.2020
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