O Ministério Público realizou na terça-feira, o enterro de 12 (doze) corpos não reclamados por familiares, que estavam há mais de um ano, outros há dois anos na morgue do Hospital Nacional Simão Mendes.
Os corpos não foram identificados pelas várias pessoas que se deslocaram à morgue, mas também os malogrados não possuiam nenhuma peça de identificação.
De acordo com as informações avançadas pelas autoridades, a maioria dos corpos foram encontrados já sem vida nas ruas, de onde foram levados para o hospital.
Um dos
corpos é de um utente que terá ido a uma consulta no hospital Simão Mendes e
que terá falecido, mas também não tinha nenhum documento que permitisse que
fosse identificado.
A diretora
do Serviço do Laboratório da Medicina Legal da Polícia Judiciária, Badilé Paulo
Sanca Cumba, considerou triste a situação dessas pessoas que foram sepultadas
sem a presença dos familiares, pelo que apelou aos cidadãos guineenses no
sentido de acatarem as orientações das autoridades de sempre se fazerem
acompanhar de documentação de identificação e cuidarem e controlarem familiares
com problemas de fórum psicológico.
“Se não
controlarmos e não cuidarmos de pessoas com problemas mentais, acabam por
acontecer esse tipo de situações. É um problema que o sistema judicial pode até
resolver de outra forma, mas devido à impossibilidade de fazer testes de ADN na
Guiné-Bissau e também à falta de base de dados, diferentemente do que acontece
em muitos outros países em que, em situações de género, recorre-se
às bases de dados para descobrir a identidade e consequentemente os
familiares”, lamentou para de seguida avançar que é chegada a hora de o Estado
guineense equipar o sistema judicial. Por fim pediu a colaboração da população
no sentido de denunciarem e tentar saber do paradeiro de familiares.
Por sua vez,
o coordenador do Vara Crime do Ministério Público, Herculano Domingos Sá,
deixou mensagens de sensibilização à população no sentido de também
fazerem denúncias junto das autoridades judicias e nos órgãos da
comunicação social, caso um familiar saia de casa e passada uma semana, não
volte. Assim, para permitir que o Estado faça alguma coisa.
Assegurou
que as autoridades precisam da colaboração das populações a fim de obter
sucesso, tendo frisado que as instituições públicas deparam com enormes
dificuldades para o cumprimento dos seus trabalhos, mas os funcionários
utilizam a sua vontade e patriotismo para servir o país.
Notabanca;
07.07.2020
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