APU-PDGB criticou duramente o Governo do qual faz parte por utilização, que considera ser fraudulenta, dos cerca de 600 milhões de Francos CFA (cerca de 915 mil euros) para a implementação da operação de correção de omissões que considera também ilegal. No entendimento daquela formação política, tem o único objetivo o de obtenção de fundos para financiar atividades políticas do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do seu candidato, Domingos Simões Pereira.
A crítica
dos apuanos ao governo e aos libertadores (PAIGC), partido com o qual assinou
um acordo político de incidência parlamentar com o propósito de suportar o
executivo liderado por Aristides Gomes, consta numa resolução da Comissão
Permanente de APU-PDGB datada de 11 do mês em curso e assinada pelo seu líder,
Nuno Gomes Nabiam, e que a redação do Jornal O Democrata teve acesso.
A Comissão
Permanente de APU-PDGB reuniu-se para analisar o relatório da comissão do
seguimento da implementação do acordo político de incidência parlamentar com o
PAIGC, bem como a orientação do partido em relação ao debate de urgência sobre
o dossiê da droga, entre outros pontos agendados. Os membros da Comissão
Permanente recomendaram o relançamento da equipa negocial do partido com os
libertadores para conclusão das nomeações nos ministérios e das instituições
sob a dependência de APU-PDGB.
“No
concernente a questão da droga, diante de um aparente envolvimento do governo,
e perante as fortes suspeitas existentes, a comissão permanente mandatou o
presidente, para que promova as diligências políticas tidas por necessárias,
para averiguação das suspeitas, e tomadas de decisões políticas na defesa
intransigente da imagem e do bom nome do partido”, lê-se na resolução da
Comissão Permanente.
Relativamente
à questão da operação de correção dos cadernos eleitorais, a Comissão
Permanente instruiu a bancada parlamentar do partido a tomar uma posição
política em conformidade com o posicionamento do partido, enquanto o governo
não parar definitivamente com esta operação que considera “ilegal” à luz das
leis do país.
A Comissão
Permanente condena ainda a utilização dos cerca de 600 milhões de Francos CFA,
para implementar da operação de correção de omissão, que, segundo o partido,
tem o único objetivo, obtenção de fundos para financiar atividades políticas do
PAIGC e do seu candidato.
“Senão
vejamos: inicialmente deveriam ser corrigidos cerca de 200.000 cidadãos
eleitores. A seguir passou-se para 25.000 e acabou por terminar, segundo o
relatório apresentado pelo governo, em 5.000 eleitores. Em termos concretos,
significa que cada cidadão eleitor “corrigido” custou ao Estado cerca de
125.000 Francos CFA, para que pudessem ser registado. Perante estas evidências,
não restam dúvidas de que esta operação afinal só foi continuada para legitimar
a saída de fundos públicos para fins partidários”, espelhou a resolução da
Comissão Permanente de APU-PDGB assinado pelo seu líder, Nuno Gomes
Nabiam.
Notabanca; 14.10.2019
Estás declarações políticas não deviam ser feitas por um partido que integra o governo, acrescentando o fato de não terem suporte contabilístico financeiro, com detalhes de toda operação de correção dos eleitores. Devia-se saber em primeiro lugar quantos agentes recenseadores participam, quanto ganhou cada agente, o custo da logística utilizada, etc. Declaração apresentada nesses moldes, não passa de um panfleto politico.
ResponderEliminarMas para que gastar tanto dinheiro para algo ilegal? ???????
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