terça-feira, 29 de outubro de 2019

ANDANÇA POLÍTICA DO NOVO PRIMEIRO-MINISTRO FAUSTINO IMBALI 
Faustino Fudut Imbali, o seu percurso político nos indica que é sociólogo de 63 anos e membro do PRS, antigo primeiro-ministro em 2001 e chefe da diplomacia guineense entre 2012. Em  2013 e que durante a “guerra civil de 1998/1999” foi conselheiro do então primeiro-ministro Francisco Fadul.

Em Novembro de 1999 Faustino Imbali, candidato independente, ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais com 8,22% de votos, vencidas por Kumba Ialá líder do PRS, de quem foi vice-primeiro ministro encarregado da Economia e Reconstrução Nacional e posteriormente nomeado primeiro-ministro, após a demissão de Caetano N'Tchama em Março de 2001, mas demitido do cargo em Dezembro, por acusação de desvio de fundos das Forças Armadas, o que este sempre negou.

Em Abril de 2002 o então Presidente Kumba Ialá ameaçou prender Faustino Imbali caso este não devolvesse o dinheiro em causa.

Em 2003 Faustino Imbali fundou o Partido do Manifesto do Povo - PMP - e foi seu candidato presidencial em 19 de Junho de 2005, tendo obtido 0,52% de votos.

Entre 5 e 6 de Junho de 2009, na véspera do inicio da campanha para as eleições presidenciais de 28 de Junho, a imprensa aludiu ao facto de Faustino Imbali ter sido colocado sob custódia policial, espancado e foi dado como desaparecido e mesmo morto, em cenas de violência contra uma alegada tentativa de golpe de Estado a ser protagonizada pelo então ministro da Administração Territorial e candidato independente às presidenciais Baciro Dabó e pelo antigo ministro da Defesa e deputado do PAIGC Helder Proença, ambos assassinados a tiro, tal como o segurança e o motorista deste último.

Entre 1 e 2 de Março de 2009 foram assassinados o então Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Tagmé Na Waie e poucas horas depois o Presidente Nino Vieira, ainda em 2009o deputado do PAIGC Roberto Ferreira Cacheu, acusado de envolvimento numa suposta tentativa de golpe de Estado, fugiu da sua residência que estava a ser bombardeada e até hoje nunca mais foi visto.

O então Presidente Malam Bacai Sanhá e o seu governo denunciaram uma tentativa de golpe de Estado e prometeram um inquérito, mas o então PGR Amine Saaad admitiu não ter meios suficientes para efectuá-lo e até hoje nada avançou e não há resposabilização criminal de ninguém. 

Na altura o primeiro-ministro era o então presidente do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, actualmente candidato independente às eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro é “suspeito de envolvimento nos assassínios de Nino Vieira, Baciro Dabó e Helder Proença.”

Notabanca; 29.10.2019

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