O Presidente da República afirmou que recebeu uma ameaça do atual primeiro-ministro, Aristides Gomes de que irá ser preso se perder as eleições presidenciais de 24 de Novembro.
“Vocês sabem o quê que o atual primeiro-ministro Aristides Gomes me disse recentemente”, questionou José Mário Vaz na terça-feira, num encontro com milhares de apoiantes membros dos Movimentos de Apoio Político à Jomav e Botche Candé.
Mário Vaz prosseguiu dizendo que recebeu ameaças de Aristides Gomes de que se perder as eleições presidenciais de 24 de Novembro será preso.
Recordou que foi o Aristides Gomes quem lhe
exonerou na presidência da Câmara Municipal de Bissau.
“Nós temos um bom coração. Prova disso antes de lhe
nomear para o cargo do primeiro-ministro, mandei chamar um ancião e o seu tio
para presenciarem o acto, porque as pessoas do PAIGC não queriam para que ele
volte a ser nomeado chefe do executivo”, explicou.
José Mário Vaz sublinhou que falou com o Aristides
Gomes e os seus familiares de que irá suportar todas as consequência que possam
advir da sua nomeação, mas o único conselho que lhe possa dar é no sentido de
fazer um bom trabalho e não repetir os erros do passado.
O Presidente da República cessante voltou a
perguntar a plateia de apoiantes se o Aristides Gomes está o fazer um bom
trabalho a testa do Governo e estes responderam em coro que não.
Disse que fez tudo de bom para o Aristides Gomes se
transformar num dos seus piores inimigos.
Na ocasião, José Mário Vaz voltou a denunciar a
retirada de segurança ao seu Director Nacional de Campanha, Botche Candé.
“Uma outra ameaça, tem a ver com a retirada de
todo o corpo de segurança do meu director da campanha Botche Candé para lhe
poder prender. Vou avisar, se as pessoas têm o mandato judicial todos nós
iremos responder na justiça porque ninguém pode estar em cima da Lei. Mas caso
contrário e com base na demonstração da força, os autores pagarão a fatura”,
disse
O Presidente da República cessante reafirmou que, se
existem eleições que serão ganhas sem problemas, será a de 24 de Novembro.
Disse que a sua candidatura não tem nenhum suporte
de partido com assento parlamentar, mas,
tem o Povo guineense atrás.
“É triste porque podíamos juntar para construir o
país, mas as pessoas têm ambição de poder fora de limite. O poder serve-se para
construir e desenvolver o país e não para se apoderar de coisas alheias”,
disse.
Em reacção as informações que dão conta de que
alguns elementos do Movimento de Apoio Político à José Mário Vaz decidiram
agora apoiar o candidato do PAIGC, o Director Nacional da Campanha de José
Mário Vaz, nega ser verdade, dizendo que são apenas duas pessoas que agora não
pertencem a referida organização.
Comunicado da Presidência da República indica que
José Mário Vaz viaja hoje para Portugal e Espanha em visita privada de cinco
dias.
Notabanca; 09.10.2019
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