Pelo menos 96 pessoas foram assassinadas na madrugada da segunda-feira num ataque contra uma aldeia dogon, no centro do Mali, onde a 29 de Março mais de 150 também foram massacrados.
O
conflito no Mali alastra do norte ao centro e cada vez mais ameaça a capital
Bamako, a cerca de 300 kms
habitada
por cerca de 300 pessoas da etnia minoritária dogon, cujos corpos foram
encontrados calcinados e a aldeia destruída.
O
empresário português Carlos Alberto Martins, que hà 10 anos reside em Bamako,
não descarta a mão externa neste conflito intercomunitário, apesar da presença
em massa de forças de interposição como a MONUSMA, G5 Sahel e Barkhane, cujo
trabalho é também formar as forças armadas, mas afirma que o dinheiro chegado
ao país para tal é desviado.
Desde o golpe de Estado de 2012 as forças armadas malianas viram as suas chefias disputarem-se por rivalidades internas e o controlo de partes do território, bem como o desmantelamento dos agentes do Estado, o que fez multiplicar os confrontos opondo os agricultores sedentários dogon e os pastores nómadas fula.
O Estado maliano perdeu terreno em Mopti face à rebelião touaregue do MNLA - Movimento Nacional de Libertação de Azawad e o seu aliado Ansar Dine, que couparam vastas zonas desta região.
Outra
oranização jihadista o MUJAO - Movimento para a Unicidade e o Jihad na África
do Oeste surgiu também nessa altura e ocupou a cidade de Douentza em Setembro
de 2012, da qual foram expulsos em Janeiro 2013 por tropas da operação francesa
Serval e numerosos fulas juntaram-se então ao MUJAO.
Desde o aparecimento em 2015 no centro do Mali do grupo ‘jihadista’ Frente de Libertação de Macina, do pregador fula Amadou Koufa, que recruta principalmente pessoas da etnia fula, tradicionalmente pastores nómadas, que os confrontos estão a aumentar entre esta etnia e as comunidades bambara e dogon, grupos sedentários ligados à agricultura e que também criaram as suas milícias.
Desde o aparecimento em 2015 no centro do Mali do grupo ‘jihadista’ Frente de Libertação de Macina, do pregador fula Amadou Koufa, que recruta principalmente pessoas da etnia fula, tradicionalmente pastores nómadas, que os confrontos estão a aumentar entre esta etnia e as comunidades bambara e dogon, grupos sedentários ligados à agricultura e que também criaram as suas milícias.
Notabanca;
11.06.2019

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