O governo através do Ministério de Saúde, Família e Coesão Social e os seus parceiros, nomeadamente a ONU Habitat e a Organização Mundial de Saúde (OMS), celebraram no fim-de-semana o Dia Mundial de Saúde sob o lema «Cobertura Universal de Saúde é possível, vamos fazer acontecer».
O acto começou com uma marcha desportiva com itinerário Palácio Colinas de Boé - Praça Ché Guevara - Rotunda de Amura - Praça dos Mártires de Pindjiquiti.
Na ocasião,
a ministra de Saúde, Família e Coesão Social, Maria Inácia Có Sanhá disse que o
principal objectivo da data é consciencializar as pessoas sobre a importância
da preservação da saúde para se ter uma melhor qualidade de vida.
Acrescentou que a saúde para todos não significa
tratar a doença mas sim prevenir, sublinhando
que o problema de saúde não é a responsabilidade só do Ministério da
Saúde mas sim de todas as instituições.
Apelou aos
guineenses para darem importância a prevenção de saúde, o que ,
segundo ela, não significa tomar medicamentos mas sim se prevenir perante todos
outros condicionalismos que provocam doença, o que passa por ter uma boa
alimentação, boa habitação e saneamento básico adequado.
Segundo o representante da Organização Mundial de
Saúde (OMS), Jean Marie Kipela a
cobertura universal de saúde significa pretender um acesso aos serviços de
saúde de qualidade à todos quantos precisarem, sem que isso constitua um fardo
económico para eles.
Disse que isso só pode tornar-se realidade quando os governos investissem nos
cuidados de saúde primários, onde a componente prevenção é capital para a
preservação da saúde, salientando que um dos aspectos da prevenção que está ao
alcance de todos é a actividade física.
Afirmou que
a prática regular de actividade física contribui para a prevenção e tratamento
das doenças crónicas não transmissíveis como a cardíaca, acidente vascular
cerebral, diabetes, cancro de mama e de colo e ajuda a prevenir a hipertensão,
excesso de peso e obesidade e contribui na saúde mental, na melhoria de
qualidade de vida e bem-estar.
Segundo
aquele responsável, a Guiné-Bissau é um dos países precursores da iniciativa
«Saúde para Todos», lançada na Conferência de Astana.
Sublinhou
que os governos, sobretudo dos países africanos,
são interpelados a procederem a uma mudança de paradigma em relação as suas
políticas públicas de saúde, de modo a tornar mais robustos os Sistemas
Nacionais de Saúde rumo ao alcance de Cobertura Universal e aos Objectivos
Sustentáveis do Milénio para o Desenvolvimento na área da saúde.
Jean Marie
disse que a OMS manifesta a disponibilidade de trabalhar em parceria e investir
em acções públicas que incentivem as pessoas a praticarem mais actividades
físicas e apoiará os países a ampliar e fortalecer a sua resposta com soluções
políticas baseadas nas evidências, directrizes e ferramentas de implementação
que irá monitorizar o progresso e o impacto globais.
Ednilson
Augusto da Silva, em representação da ONU Habitat defendeu na ocasião a criação
de condições para que as cidades desenvolvam a função social para permitir que
haja maior convivência e exercício do desporto para uma boa condição de vida.
Salientou que a sua organização perspetiva
investir nas cidades para criar condições para que as pessoas sejam mais
saudáveis para que o sistema de saúde funcione melhor e para que o hospital
seja o último ponto e não o primeiro.
O dia 7 de
Abril é celebrado como Dia Mundial de Saúde e igualmente Dia Internacional para
Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz.
Notabanca; 07.'4.2019
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