O secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV), El Hadji As Sy, afirmou hoje em Cabo Verde que a comunidade tem de atuar depressa na ajuda a Moçambique, principalmente desde que foram identificados os cinco casos de cólera.
«Sabemos como tratar, sabemos como prevenir. Trata-se de usar os recursos que estão disponíveis», disse El Hadji As Sy aos jornalistas, no final de um encontro de cortesia com presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), na cidade da Praia.
El Hadji As
Sy esteve na semana passada em Moçambique, onde acompanhou o desenvolvimento
das intervenções humanitárias em apoio às vítimas das cheias que se sucederam à
passagem pelo ciclone Idai na região centro daquele país africano, que provocou
pelo menos 468 mortos.
«Grande
parte do território nacional foi inundado e mais de um milhão de pessoas foram
afetadas», disse, referindo que a situação obriga a que o mundo se mobilize
para ajudar a população a conservar a própria dignidade.
A
primeira preocupação prende-se com a saúde da população, nomeadamente as
doenças causadas pela água.
«Ontem
[quarta-feira] fui informado que estão confirmados cinco casos de cólera. Temos
de atuar muito depressa», disse.~
Além da
recolha de fundos em Cabo Verde, a equipa médica está a ultimar os preparativos
e até ao final da semana deverá estar em condições de partir e integrar «a
equipa internacional que está no terreno que é composta por elementos das
Nações Unidas e da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente
Vermelho».
Em
princípio, esta equipa será composta por seis médicos e seis enfermeiros. «É um
gesto simbólico da parte de Cabo Verde.
A passagem
do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786
mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das
agências das Nações Unidas.
Moçambique
foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1.522 feridos.
Notabanca;
28.03.2019
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