“ESTADO FALHOU AO NÃO
CONSTRUIR UM PALÁCIO DA CULTURA”, Afirma Justino Delgado
O músico de renome
internacionl Justino Gomes Delgado disse que o Estado guineense falhou porque
se há palácio de justiça devia haver o palácio da cultura.
Em conferência de imprensa
realizada esta sexta-feira, véspera do espetáculo marcado para sábado (30), o
cantor disse que cada guineense deve contribuir para fazer que o país tenha uma
imagem positiva a nível mundial.
Apelou aos jovens cantores
para continuarem a autoformar-se na área da música, pedindo mais civismo para
os seus fãs que irão assistir ao espetáculo para que os hóspedes levem boa
imagem da Guiné.
O Diretor-geral da cultura,
João Cornélio Correia salientou que a música é um veículo que transmite tudo o
que tem a ver com o património cultural e material, considerando o músico
Justino Delgado de um dos grandes mensageiros guineenses.
“Desde os trajes, gastronomia
e tudo, portanto a maior mensagem que passa na Guiné é da música e o Justino
foi o grande mensageiro do país, portanto devemos saber valorizar alguém vivo”,
frisou.
Disse ainda que os 40 anos de
carreira do Justino são anos de trabalhos e de investimentos feitos para a
Guiné-Bissau porque deixou as obras que vão ser um legado para muita gente.
Cornélio Correia disse que espera
que espetáculo de “Jujú Delgado” fique na história, “porque
é um orgulho manifestar a vitória do artista”.
Para o cantor angolano Maya Cool, é importante que
os políticos africanos invistam mais na cultura “porque é a identidade de um
povo”.
“Prefiro englobar a cultura
toda, temos grandes talentos em África, aliás como um berço da humanidade sai
tudo aqui. Os grandes artistas mundiais têm sangue africano, deve haver mais
casas de cultura”, disse o cantor angolano, sustentando que o crescimento da cultura expande uma nação.
Maya Cool lamentou a falta de
políticas próprias que incentivem o crescimento da cultura africana a nível
internacional.
Notabanca; 20.03.03.2019
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