GUINEENSES
E PORTUGUESES LEVAM A PALCO “KANGALUTAS” DO ESCRITOR ABDULAI SILA
O Grupo do Teatro do Oprimido, da Guiné-Bissau, e a associação de artes
performativas Folha de Medronho, de Loulé, em Portugal, juntaram-se e vão
estrear a 26 de janeiro, em Bissau, a peça "Kangalutas", escrita por
Abdulai Sila.
Lançado em outubro, "Kangalutas" (expressão em crioulo que significa
dificuldades de vida) visa, segundo o autor Abdulai Sila, "denunciar e
ridicularizar um estado de coisas" na
Guiné-Bissau, que, pela sua gravidade, podem afetar a "última esperança no
país, que é a juventude".
Segundo o Grupo do Teatro do Oprimido, o espetáculo mistura "drama e
comédia" e revisita uma "faceta pouco (re) conhecida de um passado
ainda presente, vivido por muitos guineenses e portugueses".
"Embaralhando factos e memórias, deles fazendo uma trama tecida em
torno das vicissitudes do amor, feridas do passado e conflitos de interesse,
pretende-se com este espetáculo convidar à análise do quotidiano num país à
procura de si próprio e trazer à tona a natureza humanista do que devem ser as
relações entre povos e cidadãos, longe do espetro da dominação, da intolerância
e discriminação racial", salienta, em comunicado à imprensa, o grupo de
teatro guineense.
Além da Folha de Medronho, apoiaram a montagem da peça o Festival
Internacional de Teatro do Alentejo e a Fundação Calouste Gulbenkian, que
assegura as despesas de estadia do encenador e de uma atriz portuguesa.
A adaptação do livro e a encenação do espetáculo ficou a cargo de João de
Mello Alvim, que é também responsável pela direção-geral do projeto.
O espetáculo estreia-se no dia 26 de janeiro no centro cultural francês.
Notabanca; 18.01.2019
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