quinta-feira, 1 de novembro de 2018

PRESIDENTE VAZ PEDE AO GOVERNO APRESENTAR NOVA DATA PARA ÀS LEGISLATIVAS ATÉ SEXTA-FEIRA 
O Chefe de Estado guineense pediu terça-feira ao Primeiro-ministro a fazer esforços conjuntos com os partidos políticos para daqui à sexta-feira esteja na altura de apresentar uma nova data para as eleições legislativas, uma vez que tudo índica que a data marcada inicialmente ou seja 18 de Novembro não será viável. 
José Mário Vaz falava depois de uma reunião com os partidos políticos com e  sem assento parlamentar na qual se analisou o andamento do processo de recenseamento, disse que o diálogo é o método mais eficaz para encontrar uma solução de qualquer problema e que isso só pode acontecer se houver vontade de todos.
Mário Vaz frisou que nada está ainda perdido e que  ainda há tempo para corrigir o que está errado e avançar para as eleições legislativas, reafirmando a sua vontade de as ver acontecer ainda este ano. 
“Temos compromissos internacionais de que as eleições iam acontecer em 18 de Novembro . Pelos vistos, já não serão possíveis por causa da falta de materiais ou a sua demora em chegar ao país . É  preciso encontrar outras soluções “, salientou.




O Presidente da República disse ter informações do representante da República Federativa de Timor Leste, país que financiou as últimas eleições de 2014, de que tem ao seu poder  dados de  cerca de 700 mil eleitores do escrutínio passado  intacto.



“Eu confio nestes dados porque nesse ano não foi o partido que realizou as eleições que os ganhou e nem o seu candidato as presidências foi o vencedor. E se o governo e os partidos chegarem  a um acordo sobre nova data vou  informar aos nossos  parceiros sobre a necessidade de marcar uma nova data para o escrutínio”, esclareceu. 



O Chefe de Estado disse que ninguém tem o direito de impedir um cidadão com ou mais de 18 ano de se recensear, salientando que mesmo com as dificuldades iniciais nada está perdido.



Disse que  os guineenses não devem deixar que sejam outras a lhes ditar as regras do jogo.



Perguntado pelos jornalistas à saída do encontro se estaria em condição de até sexta-feira satisfazer o pedido do Presidente da Republica de avançar com a proposta da nova data das eleições, o Primeiro-ministro disse que os cronogramas já foram apresentados, salientando que há três cenários possíveis ou proposta, uma para 16 de Dezembro e outra para 30 do mesmo mês.



“Os dois primeiros cenários implicariam a redução de prazos para além do recenseamento e a última seria em 27 de Janeiro de 2019. A data de 27 de Janeiro não teria o problema de redução de prazos, mas vocês ouviram bem, o Presidente manifestou o interesse de ver as eleições serem realizadas ainda este ano e nós também temos a mesma opinião “,vincou o chefe do governo.



Na reunião tomaram parte, todos os partidos políticos sem assento no parlamento e mais o Partido da Renovação Social (PRS), a Sociedade Civil e líderes religiosos. Ausentaram do encontro o  Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido da Nova Democracia (PND) e União Para Mudança (UM).



 Os partidos presentes no encontro, na sua maioria, consideram que o acto de recenseamento está a andar de uma forma anormal e com indícios de possíveis fraudes eleitorais, tendo pedido a sua melhoria e envolvimento directo de todos os partidos sem excepção.

A próxima reunião ficou marcada para sexta-feira.

Notabanca; 01.11.2018

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