O Chefe de Estado guineense pediu terça-feira ao Primeiro-ministro a fazer esforços conjuntos com os partidos políticos para daqui à sexta-feira esteja na altura de apresentar uma nova data para as eleições legislativas, uma vez que tudo índica que a data marcada inicialmente ou seja 18 de Novembro não será viável.
José Mário Vaz falava depois de uma reunião com os partidos políticos com e sem assento parlamentar na qual se analisou o andamento do processo de recenseamento, disse que o diálogo é o método mais eficaz para encontrar uma solução de qualquer problema e que isso só pode acontecer se houver vontade de todos.
Mário Vaz frisou que nada está ainda perdido e que ainda há tempo para corrigir o que está errado e avançar para as eleições legislativas, reafirmando a sua vontade de as ver acontecer ainda este ano.
“Temos compromissos internacionais de que as eleições iam acontecer em 18 de Novembro . Pelos vistos, já não serão possíveis por causa da falta de materiais ou a sua demora em chegar ao país . É preciso encontrar outras soluções “, salientou.
O Presidente
da República disse ter informações do representante da República Federativa de
Timor Leste, país que financiou as últimas eleições de 2014, de que tem ao seu
poder dados de cerca de 700 mil eleitores do escrutínio
passado intacto.
“Eu confio
nestes dados porque nesse ano não foi o partido que realizou as eleições que os
ganhou e nem o seu candidato as presidências foi o vencedor. E se o governo e
os partidos chegarem a um acordo sobre
nova data vou informar aos nossos parceiros sobre a necessidade de marcar uma
nova data para o escrutínio”, esclareceu.
O Chefe de
Estado disse que ninguém tem o direito de impedir um cidadão com ou mais de 18
ano de se recensear, salientando que mesmo com as dificuldades iniciais nada
está perdido.
Disse
que os guineenses não devem deixar que
sejam outras a lhes ditar as regras do jogo.
Perguntado
pelos jornalistas à saída do encontro se estaria em condição de até sexta-feira
satisfazer o pedido do Presidente da Republica de avançar com a proposta da
nova data das eleições, o Primeiro-ministro disse que os cronogramas já foram
apresentados, salientando que há três cenários possíveis ou proposta, uma para
16 de Dezembro e outra para 30 do mesmo mês.
“Os dois
primeiros cenários implicariam a redução de prazos para além do recenseamento e
a última seria em 27 de Janeiro de 2019. A data de 27 de Janeiro não teria o
problema de redução de prazos, mas vocês ouviram bem, o Presidente manifestou o
interesse de ver as eleições serem realizadas ainda este ano e nós também temos
a mesma opinião “,vincou o chefe do governo.
Na reunião
tomaram parte, todos os partidos políticos sem assento no parlamento e mais o
Partido da Renovação Social (PRS), a Sociedade Civil e líderes religiosos.
Ausentaram do encontro o Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência
Democrática (PCD), Partido da Nova Democracia (PND) e União Para Mudança (UM).
Os partidos presentes no encontro, na sua
maioria, consideram que o acto de recenseamento está a andar de uma forma
anormal e com indícios de possíveis fraudes eleitorais, tendo pedido a sua
melhoria e envolvimento directo de todos os partidos sem excepção.
A próxima
reunião ficou marcada para sexta-feira.
Notabanca;
01.11.2018
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