Cinco militares em patrulha automóvel, entres os quais um oficial, morreram durante uma emboscada feita por um grupo armado na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, na quinta-feira, disse hoje à Lusa uma fonte das autoridades locais.
De acordo com os detalhes do confronto, noticiado pela Lusa na sexta-feira, os agressores colocaram um tronco no caminho da patrulha, numa estrada em terra batida na zona de Pundanhar, distrito de Palma, e atacaram os militares com disparos de metralhadora.
Os atacantes vestiam fardas que pareciam ser dos grupos de operações especiais das forças de defesa e segurança moçambicanas, acrescentou a mesma fonte.
Cinco
militares morreram, entre os quais um coronel das Forças Armadas, e apenas o
motorista conseguiu escapar para pedir reforços.
A emboscada
aconteceu horas antes de um outro ataque de um grupo armado em que foram
assassinadas 10 pessoas, ao princípio da noite, numa aldeia remota, Ntoni, 150
quilómetros a sul de Pundanhar, no distrito de Macomia.
Povoações
remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a
norte de Maputo, têm sido atacadas por desconhecidos desde outubro de 2017,
provocando um número indeterminado de mortos, estimado na ordem das dezenas, e
um número ainda maior de deslocados.
Os grupos
que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a
conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está
ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.
Os ataques
acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias
petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no
perímetro reservado aos empreendimentos.
Notabanca;
28.09.2018
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