O presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Anatólio Ndong M´ba, admitiu ontem, 26 de Julho de 2018, que a Guiné-Bissau registou muitas melhorias no cenário político.
À saída de uma reunião com Vice-presidente da ANP e seus conselheiros, Mba sustenta na sua declaração, que as melhorias registadas no cenário político resultam, em grande medida, dos esforços empreendidos na formação do novo governo, a nomeação de um Primeiro-Ministro de consenso, bem como a reabertura dos trabalhos da Assembleia Nacional Popular.
“O Conselho de Segurança está muito satisfeito, sobretudo o fato de nos últimos seis anos os militares se terem afastado das atividades políticas”, assinala, esclarecendo, contudo, que a decisão para o levantamento das sanções impostas aos militares guineenses, protagonistas do golpe de Abril de 2012, terá que ser tomada pelos 15 Estados membros desse órgão.
Segundo o diplomata da Guiné-Equatorial na ONU, há todo o interesse da maior parte dos atores políticos guineenses, sobretudo da ANP, para que as sanções sejam levantadas. Contudo, sublinha que, enquanto presidente de Comité de Sanções, não tem poderes para decidir sozinho sobre esse assunto e espera que depois de recolher todas as informações necessárias, a missão vai produzir um relatório que será apresentado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Anatólio N´dong M´ba disse que o Comité teve uma estadia frutífera na Guiné-Bissau, porque, segundo disse, conseguiu reunir-se com vários atores nacionais, nomeadamente partidos políticos, membros do governo, a sociedade civil e os militares.
De acordo com ANG, neste sentido, encoraja o governo e ao mesmo tempo diz esperar que o pacto e diálogo políticos celebrados entre as partes permitam a criação de condições propícias que levem à realização das eleições a 18 de Novembro próximo.
O Comité de sanções das Nações Unidas à Guiné-Bissau é chefiado pelo seu presidente, Anatólio N´dong M´ba da Guiné-Equatorial e integra ainda uma representante do Reino Unido na embaixada de Dakar, no Senegal, um de Costa de Marfim, da Federação Russa e da China.
A delegação está no país numa missão informativa de contatos e recolha de informações para se inteirar do impacto na Guiné-Bissau, das medidas impostas contra os militares guineenses.
Entretanto, em Agosto deste ano Secretário-geral da ONU, António Guterres, deverá produzir e apresentar novo relatório sobre o país.
Notabanc;
27.06.2018
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