Perigo a vista na polícia judiciária da Guiné-Bissau.
Comissão dos subinspetores e alguns agentes da Policia Judiciária estão contra a nomeação de Filomena Maria Mendes Lopes ao cargo de Directora Nacional da instituição.
Em conferência de imprensa, promovida terça-feira em Bissau, o porta-voz do grupo afirmou que a mesma responsável já havia exercida as mesmas funções com nódoas indeléveis.
Jone Tidjane Baldé anunciou que durante o mandato de Filomena Mendes Lopes havia desaparecido de uma forma misteriosa uma certa quantidade de droga, que se suponha ser tráfico que a instituição luta diariamente para combater.
O policial disse ainda que o caso já tem um processo no Ministério público que todo o mundo espera o seu veredito final.
Todavia, adianta que desde que foi aberto concurso nº01/2018 tem havido sempre “guerras” contra o coletivo dos subinspetores e agentes dos níveis I, II e III, pondo em causa os seus direitos.
Baldé duvida, contudo, que futuramente esses elementos não
entrem em “guerra” com os Subinspetores e Agentes dos níveis I, II e III,
através de vingança “seletiva, indevida e injusta”.
“Estamos num jogo de dois contra dois, porque alguns agentes de
primeira e inspetores coordenadores não querem que agentes da Segurança Interna
e Subinspetores sejam promovidos”, acusa, acrescentando que alguns jovens
inspetores coordenadores estão a atuar com medo dos Subinspetores, para
continuar a ter o monopólio de decisões de mandar deter suspeitos e libertar os
presos.
Os
Subinspetores e agentes da Policia Judiciária contestam a nomeação de Filomena
Maria Mendes Lopes ao cargo da directoria-geral da instituição.
“Estamos aqui há 12
anos sem promoção. Havia 56 vagas para preenchimento, e o Ministério da Função
Pública, enquanto órgão arbitrário, alargou número das vagas de 56 para 123,
para permitir que outros coletivos, que supostamente estariam a ser penalizados
pelos critérios definidos, fossem incluídos no processo, porém, os inspetores e
coordenadores da PJ não aceitaram e avançaram com uma providência cautelar que
suspendeu todas as atividades administrativas da Polícia Judiciária. E, ontem,
surpreendentemente aparece nomeação de Filomena Lopes”, referiu.
Ainda,
o agente de serviço, armamento e segurança da PJ acusou a UNIOGBIS de ser o
autor de instabilidade na instituição judiciária:
“Somos portadores de armas,
sem ameaças a ninguém, mas é muito perigoso que numa casa de investigação,
polícia por excelência hajam divisões”, alerta, pedindo a detentores do poder,
Tribunais, Ministério da Justiça e demais entidades a engajarem-se seriamente
na resolução urgente do caso
DE sublinhar que Filomena Maria Lopes
substituiu a vaga deixada do exonerado, Jucilino Pereira
Notabanca; 16.05.2018
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