quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

LIGA DOS DIREITOS HUMANOS CONSTITUI ADVOGADOS PARA OS MILITARES DETIDOS 
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz que já são constituídos advogados para defender seis militares presos, desde Dezembro último, suspeitas de atentado contra o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.
Augusto Mário da Silva que falava, esta quarta-feira (17), em exclusiva à Rádio Sol Mansi, diz ainda que enquanto estão a ser ultimadas formalidades para o início dos trabalhos dos advogados, o bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau assumiu a responsabilidade em acompanhar os detidos ao tribunal, caso justificar.
“A LGDH diligenciou junto ao Centro de Acesso a Justiça (CAJ), através do fundo disponibilizado pelo PNUD para custar o patrocínio oficioso e conseguimos advogados para patrocinar o caso de todos os detidos na base aérea. Neste momento só estão a ser ultimadas formalidades e ainda até o final da semana estarão em contactos com os detidos”, explica.

Augusto Mário da Silva lembra ainda que ninguém deve ser negado a justiça por não ter meios para contratar um advogado. Mas, no entanto, no momento da audição dos detidos foram constituídos defensores oficiosos que “não têm preparação suficiente como advogados para fazer aquele trabalho”.

“A consequência é que a defesa dos acusados fica fragilizada porque não têm pessoas preparadas para fazerem defesa consistente e capaz de convencer o tribunal que são inocentes”, lamenta.

O presidente da Liga garante que os detidos já estão em situações melhores mas ainda carecem de casas de banho de qualidade.

“A situação da refeição foi melhorada e agora recebem comida regularmente e um detido que apresentava sintomas de paludismo já está melhor e agora já têm colchões e não dormem no chão mas ainda a casa de banho continua entupido por isso pedimos o Tribunal Militar para apresentar orçamentos para a recuperação do antigo banheiro e se for preciso a construção de um novo”, garante.

Notabnaca; 17.01.2018

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