
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz que já são
constituídos advogados para defender seis militares presos, desde Dezembro
último, suspeitas de atentado contra o Chefe de Estado Maior General das Forças
Armadas.Augusto Mário da Silva que falava, esta quarta-feira (17), em exclusiva à Rádio Sol Mansi, diz ainda que enquanto estão a ser ultimadas formalidades para o início dos trabalhos dos advogados, o bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau assumiu a responsabilidade em acompanhar os detidos ao tribunal, caso justificar.
“A LGDH diligenciou
junto ao Centro de Acesso a Justiça (CAJ), através do fundo disponibilizado
pelo PNUD para custar o patrocínio oficioso e conseguimos advogados para
patrocinar o caso de todos os detidos na base aérea. Neste momento só estão a
ser ultimadas formalidades e ainda até o final da semana estarão em contactos
com os detidos”, explica.
Augusto Mário da Silva
lembra ainda que ninguém deve ser negado a justiça por não ter meios para
contratar um advogado. Mas, no entanto, no momento da audição dos detidos foram
constituídos defensores oficiosos que “não têm preparação suficiente como
advogados para fazer aquele trabalho”.
“A consequência é que
a defesa dos acusados fica fragilizada porque não têm pessoas preparadas para
fazerem defesa consistente e capaz de convencer o tribunal que são inocentes”,
lamenta.
O presidente da Liga garante
que os detidos já estão em situações melhores mas ainda carecem de casas de
banho de qualidade.
“A situação da
refeição foi melhorada e agora recebem comida regularmente e um detido que
apresentava sintomas de paludismo já está melhor e agora já têm colchões e não
dormem no chão mas ainda a casa de banho continua entupido por isso pedimos o
Tribunal Militar para apresentar orçamentos para a recuperação do antigo
banheiro e se for preciso a construção de um novo”, garante.
Notabnaca; 17.01.2018
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