
O antigo
primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, admitiu hoje analisar a
possibilidade de voltar a liderar um Governo se for desafiado a faze-lo e o
país precisar dele, embora frisando que não é essa a sua intenção."Não é essa a minha intenção. Primeiramente teria que consultar a direção do PAIGC, depois é que tomarei uma decisão", afirmou o antigo primeiro-ministro, que hoje se reuniu com o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
Regressado ao país na passada quinta-feira, depois de passar os últimos cinco anos entre Portugal e Cabo Verde, depois de ter sido derrubado por um golpe militar, Carlos Gomes Júnior, respondeu assim quando questionado sobre se admite a possibilidade de liderar um futuro governo, na sequência da demissão de Umaro Sissoco Embaló, pelo líder guineense, na semana passada.
De acordo com a Lusa; Gomes
Júnior disse não ter essa pretensão e sublinhou ser antes de tudo um
empresário, mas disposto a ajudar o país.
"Se o país
precisar de mim um dia, analisarei com os meus parceiros e com a minha
família", declarou Carlos Gomes Júnior.
O encontro entre os
dois dirigentes do PAIGC durou pouco mais que 20 minutos, e à saída Gomes
Júnior disse aos jornalistas, tratar-se de "uma visita ao presidente do
partido" que liderou durante 12 anos.
Afirmou que Domingos
Simões Pereira lhe desejou "um bom regresso" mas que a possibilidade
da sua participação no congresso do partido, a realizar entre 30 deste mês a 04
de fevereiro, não foi tema da conversa.
"Não foi abordado
nada disso, deixemos as coisas andar", observou Carlos Gomes Júnior.
Disse que teve sempre
um bom relacionamento com os dirigentes do partido que liderou entre 2002 a
2014 mas não sabe responder se existe um mau relacionamento com o atual líder,
Domingos Simões Pereira.
"Se vocês
entendem que há um mau relacionamento não sei", frisou.
Depois de se ter
encontrado com Domingos Simões Pereira hoje, Carlos Gomes Júnior, indicou que
vai reunir-se com o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, na sequência de
encontros com o Presidente guineense, José Mário Vaz e com o primeiro-ministro
demissionário.
Afastou a hipótese de
se encontrar com as chefias militares as quais, disse, se deve deixar que
trabalhem nas suas tarefas e reformas internas.
Notabanca; 24.01.2018
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