A crise politica no país que dura a dois anos,
impede a ratificação do Acordo de Paris sobre o clima na Guiné-Bissau, quem o
diz é Viriato Cassama, diretor-geral de Ambiente do país, em declaração a
DW Africa esta quinta-feira (09 de Novembro de 2017).Em dezembro de 2015 na 21ª Conferência das Partes (COP21), em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças, mas até agora o país não ratificou este documento.
Segundo Viriato Cassama, a ratificação do acordo depende do fim do impasse
no parlamento.
“ O bloqueio no parlamento é que esta impedir a ratificação do documento,
porque Assembleia Nacional Popular (ANP) é o único órgão de soberania
competente para ratificar todos os acordos internacionais onde a Guiné-Bissau
faz parte”, declarou diretor-geral de Ambiente.
De acordo com DW, o Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países parte da
convenção quadro das Nações Unidas sobre a Clima (UNFCCC) para reduzir emissões
de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável.
Perante este facto, o diretor-geral de Ambiente, revela que a Guiné-Bissau
já elaborou o seu plano nacional, onde elencou o sector da agricultura e gestão
da água como sectores prioritários para lutar contra alterações do clima.
“O país elaborou sua contribuição nacional que serviu de suporte para
assinatura do acordo de paris. Neste sentido está em curso a elaboração do
nosso plano de adaptação nacional das alterações climáticas em que vamos tornar
as nossas políticas mais resilientes aos efeitos das alterações do clima,
como também alguns equipamentos estratégicos da Guiné-Bissau”, referiu
ainda Cassama.
Para além da elaboração do plano nacional contra alterações do clima, a
Guiné-Bissau precisa ser dotada de grandes quadros técnicos para fazer face a
esses efeitos das alterações climáticas, indicou ainda Viriato Cassama.
Para Cassama, o país tem que conhecer na realidade as suas vulnerabilidades
com base nas informações científicas.
O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média
global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar
esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis
pré-industriais.
Recorda-se que nos últimos tempos na Guiné-Bissau tem-se verificado altas
temperaturas relacionadas com a destruição da natureza, pelos homens, segundo
indicação do ponto focal de previsão sazonal dos serviços meteorológicos do
país, numa declaração à Radio Jovem.
Segundo Cherno Luís Mendes, para além da destruição da natureza pelos
homens, um dos aspectos que tem contribuído para aumento do ritmo mais rápido
da temperatura tem a ver com desenvolvimento de novas tecnologias no mundo.
Neste sentido, Luís Mendes, disse que o planeta terra irá continuar a
aquecer enquanto os homens persistirem em destruir a natureza no mundo.
Nos últimos dois meses, os citadinos guineenses têm enfrentado enormes
consequências devido a alta temperatura na Guiné-Bissau, nomeadamente no
período da tarde e da noite, apesar do país estar ainda época chuvosa.
Perante esta subida de temperatura no país, o ponto focal da previsão
sazonal dos serviços meteorológicos, disse à Rádio Jovem que é necessário
duplicar os esforços no mundo para limitar as emissões de gases com efeito
estufa.
Notabanca,
09.11.2017
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