O levantamento hidrográfico vai decorrer no âmbito da missão "Mar Aberto" e que trouxe à capital guineense o navio D. Carlos I, especialmente construído e equipado para a execução de trabalhos hidrográficos ou oceanográficos.
"Aqui
especificamente vai fazer-se o levantamento hidrográfico da bacia de Bissau e
entendemos que será muito bom para as autoridades guineenses até como um
estímulo para as atividades portuárias do porto de Bissau", afirmou à
agência Lusa o comandante do navio, o capitão-de-fragata Palmeira Ribeiro.
Depois do
levantamento hidrográfico da bacia de Bissau será possível fazer uma nova carta
de navegação, disse o capitão-de-fragata, recordando que a última foi feita há
50 anos.
"A
carta de navegação permite dar segurança à navegação para praticar o porto. O
último levantamento feito na Guiné-Bissau e no rio Geba foi feito em 1967 e com
este intervalo de tempo a probabilidade de terem ocorrido assoreamentos é muito
grande, o que significa que não havendo informação atualizado e vindo um navio
que não saiba que fundos é que tem para entrar corre o risco de encalhar",
explicou.
O
levantamento hidrográfico vai também permitir identificar carcaças de navios
naufragados, bem como outros objetos que acabaram no rio, incluindo contentores
do porto de Bissau, e precisar a sua localização.
O D.
Carlos I, de origem norte-americana, dispõe de áreas laboratoriais para
pesquisar parâmetros biológicos, físicos e químicos, entre outras capacidades,
e executa missões científicas de apoio às operações militares e à comunidade
científica, em águas nacionais e internacionais.
O navio
vai permanecer na Guiné-Bissau até 27 de outubro.
A bordo
do navio seguem 50 militares, incluindo uma guarnição de 37 militares, uma
equipa da Brigada Hidrográfica, uma equipa de fuzileiros do pelotão de
abordagem, uma equipa de mergulhadores e um médico naval.
A missão
enquadra-se no âmbito da cooperação técnico-militar e de ações de apoio à
diplomacia, em particular com os países da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
O navio
vai realizar também missões em Cabo Verde, Senegal, Mauritânia e Marroco.
Notabanca; 18.10.2017
Excelente notícia, no conteúdo e na forma.
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