O presidente do Banco da África Ocidental, o maior banco na Guiné-Bissau, considerou sexta-feia que o povo guineense "merecia outra elite política", lamentando a frequente instabilidade política, mas elogiando a "absoluta estabilidade social".
"O país tem um enorme potencial, tem uma incerteza continuada no contexto político, mas tem uma absoluta estabilidade social", disse Diogo Lacerda, numa intervenção durante a Conferência 'Guiné-Bissau: A Porta de Entrada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental', que decorreu em Lisboa.
"O povo da Guiné-Bissau merecia outra elite política; tem uma capacidade extraordinária de conviver entre si; quem olha para o presente percebe que a instabilidade é estrutural, há um grande risco, mas também há um grande prémio para os empresários que queiram arriscar e explorar um espantoso mundo de oportunidades”, acrescentou o antigo secretário de Estado da Justiça português durante o Governo de António Guterres.
"Em circunstância nenhuma o
confronto das elites políticas levou a confrontos entre o povo guineense, é um
povo que pelo exemplo que dá merecia outra elite política", vincou o
banqueiro.
O BAO, criado em 2000, é o maior banco a
operar no país, com uma rede de nove balcões.
A conferência que decorreu na tarde de
sexta-feira em Lisboa pretende analisar as potencialidades do país estar
inserido na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, um mercado de
15 países, com 380 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto a rondar
os 675 mil milhões de dólares.
Notabanca; 23.10.2017
Sem comentários:
Enviar um comentário