quarta-feira, 12 de março de 2025

 PRESIDENTE SISSOCO DEFENDE UMA POLÍCIA JUDICIÁRIA DE COMBATE À CRIME E NÃO DE POLÍTICA

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, defendeu que quer uma Polícia Judiciária (PJ) fora da arena política para poder combater a corrupção, crimes e moralizar a sociedade.

Umaro Sissoco Embaló fez essa chamada de atenção esta quarta-feira, 12 de março de 2025, no ato comemorativo do quadragésimo segundo aniversário da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, sob o lema: a Polícia Judiciária face aos desafios da transformação digital.

No seu discurso, Umaro Sissoco Embaló afirmou que a Polícia Judiciária “é o pulmão” do Estado e apoia no combate à corrupção e na proteção dos cidadãos e disse que um dos desafios das atuais autoridades é colocar as instalações da Política Judiciária em todo o território nacional.

“Esperamos por mais de 50 anos…vamos continuar a trabalhar. Vamos alugar casas nas regiões para abrir novas instalações. A Polícia Judiciária é uma polícia de investigação, a única. Não podemos esperar por mais nada, nem por uma sede nacional de raiz. Temos que chegar às regiões. Temos uma sede em Bafatá e são pequenos passos que nos podem levar onde queremos realmente chegar”, disse, lembrando que tempos atrás, essa corporação funcionou em coabitação com os comissariados da Polícia da Ordem Pública locais.

O chefe de Estado elogiou os esforços da Polícia Judiciária, tendo desafiado os elementos deste órgão de investigação criminal do país a trabalharem de mãos dadas com o Presidente da República.

Desde que fui eleito Presidente da República fiz da PJ um instrumento importante para o desenvolvimento do país, porque “quando um país carece de recursos humanos, a única alternativa é a Polícia Judiciária”.

“Se decidirmos combater a corrupção e o crime organização, teremos apoios necessários dos nossos parceiros e na capacitação dos nossos elementos da PJ”, assegurou.  

DOMINGOS CORREIA: “PJ TEM SIDO PILAR FUNDAMENTAL NO COMBATE À CRIMINALIDADE”

Por sua vez, Domingos Monteiro Correia, o Diretor Nacional da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, entendeu que há necessidade de aumentar o fundo de investigação criminal para garantir a agilidade e autonomia das operações da Polícia Judiciária.

Domingos Monteiro Correia lembrou que por 42 anos a PJ tem sido um “pilar” fundamental no combate à criminalidade e na defesa do estado de direito democrático na Guiné-Bissau.

“Desde a sua criação enfrentamos inúmeros desafios desde a consolidação da nossa autonomia até às complexidades da criminalidade transnacional. Superamos obstáculos e construímos uma instituição que, apesar dos seus parcos meios, tem contribuído de forma decisiva e significativa para a segurança e justiça no nosso país”, enfatizou.

O Diretor Nacional da PJ defendeu que a transformação digital não é uma opção, sim uma necessidade imperiosa e que a PJ tem de estar na vanguarda dessa mudança, porque o mundo em que a PJ atua está em constante mutação e a criminalidade adapta-se às novas tecnologias, utilizando-as para cometer delitos cada vez mais sofisticados como os cibercrimes, o branqueamento de capitais, o tráfico de seres humanos, a fraude fiscal, entre outros crimes.

Disse que esses desafios exigem uma mudança de mentalidades, razão pela qual é fundamental promover as inovações e a formação contínua dos agentes para que todos os técnicos possam estar à altura de lidar com os desafios do século XXI, tendo sublinhado que a construção de uma sede nacional de raiz da Polícia Judiciária é uma prioridade incontornável.

“Uma sede moderna e funcional permitirá descentralizar as operações, melhorar a coordenação entre as equipas e oferecer um ambiente digno de trabalho aos nossos profissionais”, frisou, para de seguida apelar ao reforço do fundo de investigação criminal, pois “investir na investigação criminal é investir na segurança dos cidadãos, na proteção da economia e no estado de direito democrático”.  

Notabanca, 12.03.2025        

            

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