MORRE AOS 76 ANOS LENDA DO BOXE GEORGE FOREMAN
O pugilista norte-americano George Foreman, duas vezes campeão mundial na
categoria de pesos pesados, morreu na sexta-feira aos 76 anos, anunciou a
família.
“É com grande tristeza que anunciamos a morte do nosso querido George Edward Foreman Sr., que faleceu pacificamente a 21 de março de 2025, rodeado pelos seus entes queridos”, escreveu a família num comunicado.
“Humanista, atleta olímpico, bicampeão mundial, era muito respeitado. Era
uma força do bem, um homem de disciplina e convicção, um protetor do seu
património, que lutou incansavelmente para preservar o seu nome, para a sua
família”, acrescentou a mesma fonte.
Com um metro e 91, Foreman, um completo desconhecido, foi campeão olímpico
com apenas 19 anos, ao derrotar o então soviético Jonas Cepulis na final dos
Jogos Olímpicos do México, em 1968, em apenas dois assaltos.
Conhecido pela força sobre-humana, tornou-se campeão do mundo pela primeira
vez em 1973.
O pugilista, oriundo de um bairro negro desfavorecido de Houston, foi derrotado
por Muhammad Ali (1942-2016) em 30 de outubro de 1974, num mítico combate em
Kinshasa, perante cerca de 100 mil espetadores, vencido pela resistência,
tática e astúcia do adversário, que tinha o apoio do público.
O confronto ficou conhecido como um dos maiores combates da história do
boxe, pelo nível e ferocidade. Marcou o renascimento de Muhammad Ali, então com
32 anos.
Na rede social X, outra estrela dos pesos pesados, Mike Tyson, enviou as
“condolências à família”. “A sua contribuição para o boxe, e não só, nunca será
esquecida”, referiu.
Também o promotor Bob Arum prestou homenagem a Foreman, “um dos maiores
pugilistas e personalidades do desporto”.
Foreman pendurou as luvas aos 28 anos, dedicando-se à religião, antes de
regressar aos ringues dez anos mais tarde.
Depois de falhar por duas vezes a conquista de outro título, voltou a ser
campeão mundial em 1994, aos 45 anos, contra Michael Moorer, antes de se
retirar definitivamente em 1997, aos 48 anos, com 76 vitórias e cinco derrotas.
A terceira aposta
profissional foi na área de negócios, aproveitando a própria imagem para se
associar a marcas, que lhe renderam mais do que toda a carreira de pugilista.
Notabanca; 22.03.2025
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